Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho apontam que o Brasil abriu 35.457 vagas de emprego formal em agosto. O resultado decorre de 1.254.951 admissões e 1.219.494 demissões.
O número apresentado pelo Ministério ficou abaixo da mediana das estimativas positiva de 60.600 postos, apurada pela pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo da pesquisa, que ia da criação de 16.718 vagas a 80 mil postos.
TRABALHO
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, foram abertas 163.417 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, no entanto, o resultado ainda é negativo, com o fechamento de 544.658 vagas.
O resultado de agosto foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 23.299 postos formais em agosto. Em seguida, veio a indústria da transformação, com 12.873 vagas. Outros segmentos com resultado positivo foram comércio (10.721 vagas abertas), construção civil (1.017 novos empregos) e administração pública (528).
Por outro lado, a agropecuária liderara o grupo com fechamento de postos, com 12.412 empregos encerrados no mês. Em seguida, estão serviços industriais de utilidade pública (-434) e indústria extrativa mineral (-135).
REGIÕES
As cinco regiões do país empregaram mais do que demitiram no mês de agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. É a primeira vez que isso ocorre em 2017.
O Nordeste foi a região que registrou a maior abertura de vagas (19.964). De acordo com o coordenador-geral de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, isso se deve às contratações na agricultura na região, somado ao movimento geral do comércio e serviços. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que participaria da coletiva, não chegou a tempo porque seu voo de São Paulo a Brasília atrasou.
Das 27 unidades da federação, 19 registraram saldo positivo. São Paulo e Santa Catarina foram os Estados com melhor desempenho, com saldo de 17.320 e 6.130 respectivamente.
SALDO
Mesmo com a abertura de 35.457 vagas formais em agosto, ainda não é possível dizer se o saldo de empregos será positivo em 2017, afirmou o coordenador-geral de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Ele ressaltou que dezembro é um mês que sazonalmente registra muitas demissões, principalmente pelo desligamento na indústria e comércio depois das festas de fim de ano. "Quem tiver uma vela, pode acender, pode rezar uma ave-maria para o saldo ser positivo", brincou.
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, foram abertas 163.417 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, no entanto, o resultado ainda é negativo, com o fechamento de 544.658 vagas.