Foi lançado pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, uma campanha para que os brasileiros usem mais moedas no dia a dia. A autoridade monetária deseja que as moedas guardadas em gavetas e cofres voltem à circulação. Nas estimativas do BC, cerca de 35% das moedas no País não estão sendo usadas.
A quantidade de moedas hoje alcança R$ 6,3 bilhões em valor, correspondente a apenas 2,8% do dinheiro em circulação no País. "Considerando que desde 1994 foram emitidas quase 25 bilhões de moedas de Real, chega-se ao número estimado de 8,7 bilhões de moedas entesouradas, que correspondem a aproximadamente 1,4 bilhões de reais. Isso é muito significativo", disse Ilan Goldfajn, após depositar algumas moedas em uma máquina instalada no BC para a troca por cédulas.
Em 2016, foram postas em circulação 761 milhões de unidades de novas moedas, número 11% superior ao de 2015, quando foi disponibilizado um total de 685 milhões de unidades. No ano passado, o custo de suprimento alcançou R$ 243 milhões. Em 2017, até 31 de julho já foram disponibilizadas 434 milhões de novas moedas.
"O BC tem se esforçado para administrar os estoques disponíveis com a finalidade de atender de forma mais equânime possível às demandas em âmbito nacional, embora a produção de numerário, desde 2014, tenha sido impactada pela necessidade de redução da despesa pública no âmbito federal", afirmou. "A recirculação de moedas contribui para a redução do gasto público", completou.
Além de uma campanha interna para que os funcionários da instituição troquem suas moedas, o BC irá promover uma campanha online em suas redes sociais para estimular o público a também colocar as moedas em circulação. "Esperamos o engajamento da sociedade para que possamos trazer bilhões de moedas de volta à circulação", concluiu Ilan Goldfajn.
DÍVIDA BRUTA – A dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 4,72 trilhões, o que representou 73,8% do Produto Interno Bruto (PIB), informou ontem o Banco Central, por meio da Nota de Política Fiscal. É o maior porcentual da série iniciada em dezembro de 2006.
Em junho, essa relação estava em 73,1% e a previsão do BC para o resultado do mês passado era de uma taxa de 73,9%. No melhor momento da série histórica, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,54% do PIB.
A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País.
Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 50,1% do PIB em julho, ante 48,7% em junho. Em dezembro de 2016, estava em 46,2% do PIB. A dívida do Governo Central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 3,20 trilhões.
O BC previa que a relação da DLSP com o PIB chegaria a 50% em julho.