Na semana passada, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan acompanhado do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antônio Ehret Garcia, do comandante do exército do 8º Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC) de Santarém, General Dantas, do coronel do exército Marcelo Linhares e de autoridades locais estiveram na BR- 163 onde caminhões ficaram parados por falta de condições de trafegabilidade.
Localizado no Pará, o trecho total que apresenta problemas tem 30 quilômetros e sua parte mais crítica estava localizada nos 200 metros da subida da Serra do munícipio paraense Moraes de Almeida, conhecida como Serra do Moraes. Esta parte da BR-163 é de responsabilidade do 8º BEC.
De acordo com o presidente da Aprosoja, o Exército, que é o responsável pela rodovia neste local, iniciou uma manutenção e estava fazendo operação “pare e siga” para controlar o fluxo. No entanto, chuvas fortes por três dias consecutivos fizeram com que a BR-163 ficasse bastante escorregadia, impossibilitando a trafegabilidade dos caminhões, em sua maioria carregados com soja e sem tração suficiente para a subida.
“Durante nossa presença o problema foi solucionado parcialmente, com o cascalhamento destes 200 metros na Serra. Com isso, os caminhões conseguiram subir e reiniciar o escoamento de forma normalizada. Agora, o Exército nos garantiu que o próximo passo é colocar cascalho nos 30 quilômetros”, afirma Galvan.
O presidente, no entanto, alerta que este trecho precisa passar urgentemente por essa manutenção. “Se eles não fizerem rapidamente esse cascalhamento, a BR-163 corre o risco, mais uma vez, de apresentar problemas. Eles subestimaram o fluxo de caminhões e carros e isso não pode voltar a ocorrer. Repito: se não fizerem essa manutenção, muitos pontos da rodovia voltarão a apresentarem problemas”, completa.
A BR-163 é a principal rodovia para o escoamento de grãos pelos portos do Arco Norte. De acordo com o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, a BR-163 deve escoar cerca de 11 milhões de toneladas de soja e milho neste ano por esta rota. As outras duas opções via Norte são a BR-364 e BR-158/155, que devem escoar 6 milhões de toneladas e 4 milhões de toneladas de soja e milho, respectivamente.