Conforme a pesquisa que mede a intenção de Consumo das Famílias (ICF), na capital do Estado, Cuiabá houve retração em agosto de -1,85%, atingindo 73,9 pontos no mês, contra os 75,3 pontos do mês anterior. A diminuição na intenção de consumo também foi observada nas famílias com faixa de renda até 10 salários mínimos (-1,6%) e nas famílias com faixa de renda acima de 10 s.m. (-3,5%).
Apesar da queda mensal, as informações divulgadas ontem, pela Fecomércio/MT, revelaram uma situação melhor do que a registrada no mesmo período do ano passado, quando o ICF geral era de 68,5 pontos em agosto de 2016, aumento anual de 7,8%. A escala vai de zero a 200 pontos e o índice 100 demarca a fronteira de insatisfação e satisfação do consumidor quanto ao consumo.
O resumo da pesquisa também mostrou que três componentes tiveram melhoras no mês. A situação do ‘Emprego Atual’ alcançou em agosto 117,6 pontos (+0,6%), indicando que os cuiabanos se sentem mais seguros com o emprego se comparado com o mesmo período do ano passado. A ‘Renda Atual’ também apresentou crescimento no mês, 92,4 pontos (+0,9%), revelando melhora na renda dos cuiabanos sobre o mesmo período de 2016. O ‘Momento para aquisição de duráveis’ foi o que teve maior crescimento no mês, atingindo 56,8 pontos (+10,5%), revelando ser um bom momento para a compra de bens duráveis (eletrodomésticos, TV, som etc.).
O presidente da Fecomércio/MT, Hermes Martins da Cunha, explicou que o nível de consumo das famílias da Capital tem apresentado melhora, mas que ainda é momento de cautela. “Estamos em um momento de transição da economia. A situação do emprego já ultrapassou o nível de satisfação da pesquisa, o mesmo está acontecendo com a renda atual dos trabalhadores. Isso é reflexo do bom momento que já está sendo esperado neste segundo semestre para frente”.
Para a assistente econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Juliana Serapio, outros indicadores econômicos também contribuem para o aumento do consumo. “Além dos resultados mais favoráveis do mercado de trabalho no curto prazo, a trajetória recente da inflação já abriu as portas para mais quedas nas taxas de juros, fator fundamental para a recuperação das condições de consumo na segunda metade de 2017”.