A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja apresentou em Cuiabá na manhã desta segunda-feira (23), o atual cenário da safra de milho no estado de Mato Grosso e ainda a preparação do Circuito Tecnológico Milho 2018 que será realizado durante 5 dias de expedição com o apoio do IMEA, Embrapa e Bayer.
No período de 23 e 27 de abril quase 7 mil quilômetros serão percorridos em 36 municípios do estado para a realização de pesquisas com os produtores de milho. O intuito é identificar os gargalos e oportunidades de melhoria contínua do sistema produtivo.
Sete equipes, incluindo supervisores, pesquisadores e técnicos irão realizar a avaliação nas propriedades e elaborar um diagnóstico do atual cenário. Entre os itens pesquisados inclui saber como está o desenvolvimento da safra, como é feito o armazenamento, escolhas de cultivares, manejo do solo, área, classificação, dados econômicos e de comercialização, além de um diagnóstico das lavouras que estão com plantio avançado, quase na época da colheita.
“Nós vamos percorrer 36 municípios, faremos um levantamento de 280 questionários, mas com certeza serão visitadas mais propriedades, em torno de 600 a 700. E vamos trazer amostragem de pesquisas sobre lagartas e principais doenças do milho, além de algumas coletas de sementes de daninhas”, declarou Gilberto Eberhardt, coordenador da comissão do Circuito Aprosoja.
Mercado do Milho
O preço e lucratividade do milho segundo Paulo Ozaki, representante do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), estão positivos. “O milho sofreu muito nos últimos anos, há duas safras atrás a gente teve um preço extraordinário, mas não tinha milho para comercializar devido à quebra. Já no ano passado, os produtores plantaram muito e a gente teve uma condição climática ótima, gerando super safra e fazendo com que o preço despencasse. Esse ano já está mais regulado”, disse Ozaki, que explicou também, que apesar do investimento na plantação de milho ter sido menor este ano, tudo tem caminhado dentro da normalidade.
Ozaki disse ainda, que apesar das novas tecnologias que tem contribuído para as melhorias no do milho e minimizado os problemas, Mato Grosso ainda tem uma deficiência crônica de armazenagem. “Hoje em dia não se vê mais milho estocado no tempo como antigamente, a questão de armazenagem ainda é uma ‘celeuma’ para o Estado. Temos duas safras no ano, milho e soja, então isso prejudica muito na hora da comercialização, pois muitas vezes, o agricultor tem um silo e quando colhe o milho, esse silo tem que estar vazio” finalizou o representante do IMEA.