Como Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do país e conquistou em 2016 o reconhecimento internacional de área livre de peste suína clássica, a expectativa é que o mercado consumidor da carne suína produzida no Estado e os investimentos sejam maiores em 2017.
Mato Grosso hoje segue os padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela OIE. O pleito foi possível em função da parceria realizada entre a atual administração estadual e a Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat), que instalou barreiras fixas sanitárias na divisa com o Pará.
O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Guilherme Nolasco, destaca que a certificação marca um novo tempo para a defesa sanitária animal em Mato Grosso. “Era um desafio conseguir realizar as adequações dentro do prazo. Realizamos todo um plano de trabalho, que envolveu toda a equipe técnica no cadastra-mento de propriedades, inventário do rebanho, abertura de postos fixos e barreiras volantes, tudo para atender as exigências do Mapa e da OIE”.
Em 2016, o Indea deu continuidade ao acompanhamento do rebanho, por meio de vigilância sanitária e outras ações. A equipe do Instituto realizou a cole-ta de 1,208 mil amostras em 108 municípios, incluindo a Capital, para a realização de sorologia. Além disso, foram promovidos cursos de capacitação para os servidores e palestras de educação sanitária voltada para a sanidade suídea na zona de fronteira com a Bolívia.
De acordo com a Acrismat, o setor gera cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos. São 414 granjas comerciais espalhadas em mais de 33 mil propriedades cadastradas no Indea. Além disso, há também um plantel de pouco mais de 1,5 milhão de cabeças de suínos, dos quais 143 mil são matrizes.
Como aqui tem grande oferta de matéria-prima (soja e milho) o crescimento é dado como certo.