Após observar que o consumidor não tem sido beneficiado com a redução no valor do combustível nas bombas, o governo federal tem estudado manobras jurídicas para garantir que quando os preços de gasolina, etanol e diesel caem nas refinarias, chegue nas bombas.
Em análise sobre a situação dos preços dos combustíveis, Temer afirmou que, no momento, o que tem acontecido é apenas o repasse de aumento para o consumidor – em consequência das altas nas distribuidoras –, mas, quando a Petrobras anuncia redução, raramente o posto de gasolina retira o aumento anteriormente implantado. Além disso, quando os preços sobem, o estabelecimento volta a aumentar os valores dos combustíveis. Ou seja, o preço que chega ao consumidor tem apenas os acréscimos.
De acordo com Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, o litro da gasolina foi vendida por R$ 4,221, na média de 5.756 postos consultados entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro. Em alguns postos, o preço chegou a R$ 5,150. Ao mesmo tempo, o litro do diesel saiu por R$ 3,395, na média de 3.297 estabelecimentos pesquisados. O litro chegou a ser vendido a R$ 4,479 em alguns locais.
Vale lembrar que o anúncio de reajuste da gasolina e do diesel pela Petrobras é voltado somente para as distribuidoras. A mudança que Temer quer implantar é justamente sobre o repasse para os consumidores nas bombas que depende de cada empresa revendedora e dos próprios postos de combustíveis. O histórico das últimas atualizações de preços para os dois combustíveis está disponível na página da estatal na internet.