A especialista em RH Viviane Cândido diz que o currículo é a apresentação, e que por isso, muita gente acaba acrescentando embaixo do objetivo profissional, uma síntese de qualificações, que deve variar entre duas ou três linhas.
Outro ponto muito importante é detectar que se o seu está passando de duas páginas, você provavelmente terá problemas em ser chamado para uma entrevista.
O recurso de tópicos é uma ótima ideia para ajudar na economia de espaço, ao contrário da descrição por extenso. Desta forma, é possível incluir as experiências de trabalho, os conhecimentos técnicos, além das ferramentas nas quais têm potencial de uso, caso o recrutador se interesse pela pessoa em questão, todo o mais – no caso, aquilo que estaria no texto descritivo – será perguntado durante a entrevista.
Agora, se todas as experiências de trabalho resulte em um currículo com mais de duas páginas, Viviane Cândido dá uma boa dica para “peneirar” essas informações e não ultrapassar o limite recomendado e ler em voz alta para poder corrigir o que estiver errado. “Nessas circunstâncias, a pessoa pode optar por apenas incluir as últimas experiências ou aquelas que mais têm a ver com a vaga desejada. Como recrutadora, eu tenho que bater o olho e já identificar o que quero”.
Revisão
Primeiramente, deve-se separar um momento para elaborar o currículo para que tudo seja feito na maior calma e concentração possível, e isso inclui leituras e mais releituras – até mesmo em voz alta – daquilo que está sendo escrito, pedir para que outra pessoa leia também é uma boa alternativa, já que o próprio candidato pode acabar ficando com a leitura viciada, sem conseguir identificar eventuais erros.
Essa intensa revisão é de extrema relevância, porque nela podem ser identificados principalmente erros de português, que são determinantes para o descarte de um currículo logo de cara.
Embora possa ser um simples erro, essa imprecisão já revela algumas coisas sobre o interessado pela vaga. Primeiramente, que o recrutador não vai pensar se o ocorrido foi um singelo erro de digitação ou uma evidência de que a pessoa não domina o português.
Outra coisa, o currículo – e a possível carta – é a porta de entrada, e se o candidato não se preocupa em como se apresenta, quem dirá no cotidiano do trabalho, durante a execução das atividades, ou seja, uma apresentação assim não garante nada ao recrutador.
Em entrevista ao Brasil Econômico, a Viviane até mesmo revela que é muito comum receber currículos em que o nome da pessoa está inteiramente escrito em letra minúscula.
Entrevista de emprego
Chegar na entrevista de emprego com dúvidas sobre a empresa demonstra interesse pela vaga disponível e que o candidato é alguém antenado
Concluídos os (curriculum vitae)CV e a carta, a preparação agora é em relação à entrevista. Embora o esperado seja o candidato ser questionado durante o encontro, Viviane aponta que é muito positivo o interessado pela vaga chegar na empresa com dúvidas sobre o local.
Essa postura mostra como você está interessado pelo trabalho, e que você é uma pessoa antenada, já que se existe dúvidas é porque uma boa pesquisa prévia foi elaborada na preparação para essa entrevista.
Em relação à vestimenta, o conselho de Viviane segue a mesma linha daquele citado lá em cima, em relação à linguagem utilizada na carta. Caso tenha apurado cautelosamente que a empresa tem uma postura despojada, não há problema nenhum em ir vestido casualmente.
Como exemplo, ela cita a própria empresa, o VAGAS.com, onde frequentemente os próprios colaboradores indicam pessoas, que já sabem como é o perfil da empresa, então, é normal as pessoas irem mais informais – sem exageros, porque corresponde ao perfil da mesma.
Mas, caso haja o mínimo de dúvida, não tenha medo de arriscar uma roupa formal, uma vez que ninguém será eliminado por estar vestido desta forma, e o contrário já não é verdade.
E aí, está se sentindo preparado? Coloque já em prática as dicas de Viviane Cândido, e elabore um bom currículo e carta de apresentação para chegar com tudo na próxima entrevista.