O setor madeireiro quer mudar a classificação de segurança das madeiras para abaixar os custos. A sugestão veio do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado- Sindusmad Sigfrid Kirsch durante reunião com diretores do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem) e o comandante Geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Alessandro Borges Ferreira.
No encontro foi discutido a atualização das normas de segurança e combate a incêndio e pânico impostas pela lei 10.402/2016. Sigfrid aponta que não existe motivos para que o setor madeireiro tenha uma classificação de risco tão alta. “É muito baixo o histórico de acidentes de trabalho envolvendo madeireiras. Mesmo assim, estamos enquadrados no grau três de classificação de risco. Mas, com essas reuniões, queremos mostrar para a comissão que podemos nos enquadrar no grau um. Assim a exigência seria menor. Teremos que ter itens como sinalização de emergência, extintores, saída de emergência e iluminação de emergência, diminuindo muito os custos dos empresários, sem pôr em risco a vida dos trabalhadores”, afirmou, ao Só Notícias. Não foi apresentada uma estimava de custos para madeireiras com a nova exigência.
Entre as alterações propostas está o aumento para 1.200 m² da área mínima dos barracões. Dessa forma, cerca de 70% das empresas estariam isentas da implantação de hidrantes. Atualmente é exigida para área máxima até 750m² a apresentação do PS -Procedimento Simplificado-. Para avaliar o pedido da categoria, foi criada uma comissão multidisciplinar composta por bombeiros, técnicos da UFMT, Conselho Regional de Engenharia (Crea), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Associação Mato-grossense de Engenheiros Eletricistas (AMEE). O grupo voltará a se reunir em abril.