Já está em andamento a organização para concurso de fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA).
Serão mil vagas para o cargo de auditor fiscal agropecuário. O objetivo, segundo o Mapa, é suprir a demanda dos próximos dez anos.
Na última semana, o Ministério anunciou que fará contratação temporária de médicos veterinários para atuarem como fiscais, até a abertura do concurso público. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) emitiu nota condenando a medida. Para a entidade, a fiscalização jamais poderia ser realizada por servidores temporários.
“A fiscalização agropecuária é uma atividade típica de Estado, portanto deve ser realizada por servidores de carreira a fim de garantir a independência do processo de fiscalização. A contratação de fiscais pagos com recursos das indústrias agropecuárias põe sob suspeição a isenção do trabalho realizado, considerando que algumas medidas da fiscalização geram prejuízo ao segmento”.
O sindicato ainda destacou que “o profissional contratado temporariamente, ao fim do período de contrato, estará à mercê do mercado, o que abre a possibilidade de vir a ser contratado pela mesma empresa em que atuou em nome do Mapa e da sociedade brasileira”.
Ainda nas “contas” da entidade, o concurso público deveria preencher 1,6 mil vagas para recomposição do quadro de fiscais do Ministério. “O mercado agropecuário no país cresceu mais de 200% nos últimos 20 anos, e o número de auditores fiscais federais agropecuários caiu mais de 35% no mesmo período. Hoje, 270 frigoríficos que atuam no mercado internacional não têm um auditor fiscal federal agropecuário (Affa) trabalhando diariamente. O objetivo inicial do Mapa era ter dois profissionais por turno em cada uma dessas plantas”.