O estado de Mato Grosso hoje tem a maior produção anual de diamante do Brasil e a terceira maior de ouro.
Segundo levantamento preliminar da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Poxoréo e Juína ainda produzem diamante, enquanto Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Peixoto de Azevedo, Nova Xavantina, Novo Mundo e Pontes e Lacerda ainda apresentam lavras de ouro. Nobres e Apiacás estão inseridos entre os municípios que têm calcário para adubar o solo agrícola do estado.
Mato Grosso é responsável por 87,2% da produção nacional de diamantes ao ano, com 49 mil quilates, sendo que a produção nacional é de 56 mil quilates. Em relação ao ouro, o Estado conta com 10 toneladas por ano, enquanto o total produzido no Brasil é 81 toneladas no mesmo período. Além do diamante, os mato-grossenses também ostentam o título de campeões na produção de calcário agrícola, com sete milhões de toneladas ao ano, e de reservas de granito, sendo elas em Alta Floresta, Apiacás e Jaciara.
Diante do potencial mato-grossense, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), propiciou a ida, em março deste ano, de uma comitiva de 30 pessoas, entre empresários e representantes de cooperativas de mineradores, ao maior evento mundial de mineração, em Toronto, no Canadá. “Como resultado desta viagem, os canadenses já anunciaram investimento de R$ 1,5 bilhão em mineração no Brasil. Até o fim do ano, saberemos quanto vem para Mato Grosso”, anuncia o presidente da Metamat, Marcos Vinicius Paes Barros.
Ele ressalta que as cooperativas de ouro e diamante que participaram de reuniões com grandes grupos mineradores no evento têm mais chances de captar investimentos do que as empresas particulares. “As grandes empresas são fechadas, elas não se abrem para outras, quem deve se dar bem são as cooperativas”, prevê.
Após a viagem da comitiva ao Canadá, o Governo do Estado lançou o projeto Pró-Mineração, ainda em fase de estudo pelas secretarias envolvidas para posterior envio à Assembleia Legislativa (ALMT). O projeto prevê o fomento do extrativismo mineral com segurança jurídica para o setor nas questões fiscal e tributária.