De acordo com a pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), houve um aumento de 3% de pessoas que conseguiram recuperar o crédito no mês de abril. Essa é a maior alta registrada desde outubro de 2015.
E esse dado é obtido a partir das exclusões de registros de inadimplência mediante pagamento integral da dívida ou renegociação do débito.
A economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti observa que o Brasil tem 62 milhões de pessoas com o nome sujo. As taxas de desemprego continuam elevadas, o que interfere diretamente nesse número uma vez que as pessoas precisam cortar gastos.
“Temos um cenário político instável, com muitas indefinições com relação às eleições presidenciais”, avalia Marcela. “O empresário não tem segurança para investir e não contrata. Isso se agrava quando candidatos extremistas ganham destaque nas pesquisas”.
Para piorar, na manhã desta terça-feira o governo também anunciou que a expectativa de crescimento do país será menor. No início do ano, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, era de 3% e caiu para 2,5%.
Até as eleições em outubro, muitas turbulências ainda virão.