Apesar de não parecer, julho foi o mês que a cesta básica de Cuiabá registrou o menor valor médio de 2018 custando R$ 388,43. Um dos motivos foi a queda no preço do tomate e da batata, que de junho para julho, cairam -51,02% e -40,76%, com isso, o valor médio passou da casa de R$ 425,32 e em janeiro (R$ 403,35) para a casa de R$ 388,43.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho, Cuiabá teve a maior queda de preços do país, uma deflação de 8,67%.
Além de Cuiabá as capitais de São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém (-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Curitiba (-5,12%) também tiveram queda, mas menor que aqui.
Goiânia teve alta de0,16%, mas a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 437,42), seguida pela de Porto Alegre (R$ 435,02) e Rio de Janeiro (R$ 421,89).
Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 321,62), São Luís (R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09).
Em 12 meses, entre julho de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em todas as cidades, com destaque para as taxas de Salvador (-9,98%), São Luís (-8,41%) e Belém (-7,09%). Cuiabá registra no período queda de 1,67%.
Nos primeiros sete meses de 2018, a única capital que apresentou taxa acumulada negativa foi a de Florianópolis (-0,80%), as demais mostraram aumento acumulado, com variações entre 0,46%, em Belo Horizonte, e 5,51%, em Vitória. Cuiabá registra alta acumulada de 3,11%.
Cuiabá encerra julho com a oitava cesta básica mais cara do país, sendo a segunda de maior cotação do Centro-Oeste, atrás apenas de Brasília, R$ 390,34.
PESO NO BOLSO – Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954. Em junho, tinha sido estimado em R$ 3.804,06, ou 3,99 vezes o piso mínimo do país. Em julho de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.810,36, ou 4,07 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937.