A geração de empregos formais na cadeia produtiva do agronegócio superou o crescimento registrado na média estadual na comparação entre 2017 e 2016. Conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, Mato Grosso fechou o ano passado com expansão de 3,72% no volume de contratações no saldo geral, enquanto a oferta de emprego no agro aumentou 7,2%.
A Rais 2017 mostrou que Mato Grosso encerrou o ano com um estoque de 880,35 mil pessoas empregadas, saldo 3,72% acima do estoque de 2016, em 771,62 mil. A partir desses dados, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estratificou as atividades econômicas que pertencem ao agronegócio, ou seja, toda a cadeia produtiva, desde os insumos até o consumidor, sendo possível obter o estoque de empregos gerado pelo setor.
“Na comparação entre os estoques de pessoas empregadas no Estado em 2017 contra o saldo de 2016, observamos uma média de crescimento de 3,72% no Estado e uma elevação de 7,2%, levando o agro a contabilizar 270,4 mil pessoas empregadas no setor. Dessa maneira, a participação dos empregos relacionados ao agronegócio sobre os empregos totais saiu de 33,6% para 33,8%”, pontuam os analistas do Imea. Em 2016, a participação do segmento foi responsável pela oferta de 259,3 mil vagas formais.
O Imea projeta para 2018 a manutenção da expansão de empregos dentro da cadeia do agro, com o saldo passando de 270,4 mil em 2017 para 288,78, o que se confirmado, representará a terceira evolução seguida, dessa vez aplicando alta anual de 6,66%.
Como explicam, esta alta está ligada principalmente ao aumento nas contratações em atividades primárias, como o cultivo da soja e criação de bovinos, que vêm expandindo a necessidade de mão de obra nos últimos anos e movimentando setores indiretos, como comércio e prestação de serviços.