O custo de produção da soja para a safra 18/19 em Mato Grosso subiu consideravelmente, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O variável ficou em R$ 2.817,54 e o operacional em R$ 3.112,30/ ha, avanço de 0,82 e 0,79% diante do mês anterior, respectivamente. O movimento foi puxado principal mente pelos defensivos, que registraram alta de 4,36%, que por sua vez seguiram a oscilação do dólar.
Neste momento, 75,55% dos insumos já foram comercializados até o mês de maio, o que demonstra um atraso de 4,19 p.p. se comparado à safra anterior e 1,85 p.p. acima da média dos últimos cinco anos. Considerando que resta pouco menos de um quarto dos insumos a serem comercializados, o planejamento é primordial, para não encontrar adversidades diante da volatilização do câmbio, visto que o país irá atravessar pelo período eleitoral nos próximos meses, e sem esquecer ainda do impacto do desfecho do tabelamento mínimo dos fretes.
No boletim semanal, divulgado esta tarde, o Imea também aponta que o mercado de soja no Estado vem passando por um momento distinto nas últimas semanas. Além dos agentes estarem afastados do mercado, os principais indicadores que compõem o preço da soja se encontram em momentos divergentes. O contrato corrente da CME transita em baixa, na última quinta-feira alcançou US$ 8,81/bu.
A última vez em que esteve nesse nível foi no terceiro trimestre de 2015. Um dos principais fatores que justificam essa desvalorização é a disputa comercial entre os EUA e a China.
Por outro lado, o prêmio corrente pago nos portos brasileiros vem se recuperando, e se encontra em valorização. Já o dólar caminha de maneira volátil e tem favorecido as commodities, mas muitas incertezas ainda pairam, como as próximas eleições. Todavia, o maior entrave neste momento é o transporte rodoviário, que travou o mercado de soja, e começa a gerar questionamentos quanto à estocagem do milho no Estado.