Um dos dilemas da mulher profissional que decide ter filho é se vai ou não continuar trabalhando. Uma pesquisa realizada pela Catho aponta que pelo menos 30% das mães já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, enquanto que, entre os pais, o número baixa para 7%. A diferença chega a ser de quatro vezes.
As que decidiram retomar a vida profissional, voltaram ao mercado de trabalho com intervalo de pelo menos 3 anos. E há ainda as que não conseguiram retomar que chega a 31%. No caso dos homens o número é de 19%.
Em relação à ascensão profissional de pessoas com filhos, o estudo da Catho detectou que 60% das entrevistadas têm perspectivas ruins ou péssimas sobre a carreira, contra 47% dos homens.
“Isso demonstra ainda uma percepção cultural de que as mulheres se envolvem mais na criação dos filhos do que os homens, por isso as limitações para elas seriam maiores”, explica a gerente de Gente e Gestão da Catho, Simone Damazio, sobre a diferença nas porcentagens.
Além disso, ela avalia que é muito importante as empresas terem iniciativas para ajudar a melhorar os dados citados acima. Entre as políticas que as companhias podem adotar, Damazio aponta, por exemplo, o apoio à paternidade ativa, com licença estendida, abono para participação em reuniões escolares.
A especialista acredita que tais políticas impactam no número de mulheres que deixam o mercado após o nascimento dos filhos, já que elas terão mais oportunidades em suas carreiras ao dividir as responsabilidades com os pais das crianças.