O Banco Central avisa que a partir de 1º de outubro vai limitar tarifa de operação do cartão de débito. O objetivo é reduzir o custo para os consumidores e estimular o uso dessa modalidade de pagamento.
O repasse da redução do custo para o consumidor final, contudo, dependerá da concorrência no setor.
Isso porque o Banco Central decidiu limitar a taxa que é paga pelos credenciadores – empresas que disponibilizam as máquinas de cobrança – aos bancos (emissores de cartão de débito).
A expectativa do Banco Central é que a diminuição do custo seja repassada pelas empresas credenciadoras no valor que é cobrado dos comerciantes e que, depois, os lojistas também cobrem menos dos consumidores.
A aposta é que isso ocorrerá devido à concorrência. "O mercado de credenciamento está competitivo hoje, esperamos que essa redução seja inteiramente repassada", afirmou o diretor de política monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie.
A tarifa de intercâmbio média, que é esse percentual pago pelos credenciadores aos bancos, será fixada em 0,5% do valor da transação e a tarifa máxima será de 0,8%. Antes, não havia limite para essa taxa.
Nos últimos oito anos, a tarifa de intercâmbio dos cartões de débito aumentou de 0,79% para 0,82%.
Segundo o Banco Central, se a limitação de tarifa for repassada integralmente aos lojistas, pode haver uma redução de cerca de 20% na taxa paga por eles.