Após 60 anos, finalmente o Brasil foi declarado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre da febre aftosa. Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP) essa data tem que ser comemorada, pois é inédita, visto que desde 1950 o Brasil tenta isso e não conseguia.
Agora, a OIE informou ao governo brasileiro, através do MAPA, que aceitou a proposta para declarar o Brasil livre de febre aftosa com vacinação. “É um pleito antigo. São mais de 60 anos de luta de vários governos, lideranças da pecuária nacional, que trabalharam muito para chegar nesse processo”, citou ele.
“E, eu, como ministro da Agricultura, estou extremamente feliz por isso. Quero compartilhar isso com você, pecuarista; você líder regional, que ajudaram a construir isso. Foram milhares que ajudaram”, sintetizou o titular do MAPA.
No encontro da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de 20 a 25 de maio, em Paris (França), Maggi e o presidente Michel Temer (PMDB) vão receber o certificado de país livre de febre aftosa com vacinação. “Sim, agora, em maio, entre 20 e 25 de maio, haverá reunião na OIE, onde vai sacramentar isso. E já convidei o presidente Michel Temer. Devemos estar presentes na reunião [de Paris] para receber o certificado”, explicou o senador licenciado do PP.
O próximo passo a é a luta do Brasil para que seja declarado livre de febre aftosa sem vacinação, o que demanda uma luta de mais alguns anos. “A partir daí estamos trabalhando para declarar o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação. Aí, sim, será o grande salto da pecuária brasileira e penso que deverá ocorrer lá por 2022 ou talvez 2023”, complementou Maggi.
A certificação oficial pela OIE de que todo o território nacional é livre da doença com vacinação, deve contribuir para ampliar e abrir novos mercados internacionais às carnes brasileiras.
O reconhecimento pela OIE deverá consolidar o processo de reconhecimento feito pelo Mapa e tende a abrir novos mercados para a carne brasileira. No Em abril, completaram-se 11 anos sem registro de ocorrência de aftosa no país.