Dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) apontam que no Brasil, o número de passageiros de aviões registrado em agosto foi de 7,8 milhões — o que representa uma alta de 4,36% em relação ao mesmo período de 2017. A demanda e a oferta de viagens aéreas, que leva em conta passageiros pagantes e distância percorrida, também variaram positivamente (4,40% e 4,75%, respectivamente) no mês passado.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve alta de 4,75% na demanda e de 4,80% na oferta de viagens aos passageiros brasileiros.
Este equilíbrio entre oferta e demanda causou uma estabilidade do aproveitamento dos assentos, que ficou em 80,78% no período analisado. O indíce é apenas 0,04 ponto percentual menor do que o registrado no acumulado de 2017.
Em agosto, a taxa de participação de mercado de cada companhia aérea membro da associação foi de 34,19% da Gol, 32,79% da Latam, 19,25% da Azul e 13,77% da Avianca. Além destas associadas, foi anunciada hoje a inclusão da Passaredo, voltada à aviação regional brasileira, e da Map, que voa pela Amazônia.
O número de viagens internacionais — feitas por associadas da Abear — teve alta de 15,72% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2017. No período, a oferta saltou 19,54% e o fator de aproveitamento fechou em 81,61%, uma baixa de 2,7 pontos percentuais.
No acumulado do ano, a demanda internacional teve alta de 15,64% sobre os mesmos oito meses de 2017, enquanto a oferta subiu 19,08%.
Além de anunciar o total de passageiros registrados em agosto, a Abear defende a revisão da precificação do combustível de aviação, demanda que também foi enviada aos presidenciáveis.
A Abear defende a revisão da precificação do combustível de aviação, demanda que vem sendo enviada aos candidatos à Presidência da República. Segundo Eduardo Sanovicz, presidente da associação, o modelo atual de precificação é usado desde os anos 80.
A entidade é contrária à cobrança do combustível em dólar, já que hoje 90% desse combustível é produzido no Brasil, diferente dos anos 80, quando 90% era importado.
Ainda de acordo com Sanovicz, o setor enfrentou o problema da elevação nos custos, com a alta de 25% no câmbio e de 60% no querosene. O combustível para aviação atingiu, no mês passado, o nível mais alto desde 2002.
Com o aumento de custos, o presidente da Abear admite a possibilidade de aumento nas tarifas aos passageiros futuramente. “É racional esperar que, de alguma forma, o aumento do querosene e do câmbio tenha um reflexo. Não será tão impactante, porque hoje é possível ter política tarifária com produtos acessórios”, explicou.