O desembargador José Zuquim Nogueira negou o pedido de afastamento do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), feito pelo Ministério Público Estadual (MPE). Botelho é um dos alvos de busca e apreensão da 2ª fase da Operação Bereré batizada de nome Bônus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta quarta-feira (9).
Ele é suspeito de ser um dos líderes de um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 27 milhões, por meio de fraudes em licitações no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Botelho contudo disse estar tranqüilo e que todo o seu patrimônio está declarado. “Não tenho [temor]. Tudo meu está mais do que claro. Não fiz nenhuma ação para tentar atrapalhar e não tenho nada que possa ser escondido”, disse o deputado.
O parlamentar também afirmou que a prisão de Savi e as investigações do Gaeco não abalam os trabalhos legislativo. Ele ainda destacou que a gestão está sendo transparente e colabora com a justiça.
“A Assembleia é inabalável, entra um e sai outro. A Casa não depende de mim ou de qualquer pessoa. É algo que vem ocorrendo no país todo, é uma renovação pela qual nós temos que passar. Nessa gestão nós temos feito de tudo para sermos os mais transparentes possíveis”, afirmou.
Além de Savi, também foram detidos na Operação ‘Bonus’ hoje o ex-secretário-chefe da Casa Civil Pauto Taques, Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e o empresário José Kobori, em Brasília (DF). Os agentes ainda tentam cumprir a prisão de Pedro Jorge Zamar, irmão de Paulo Taques.