A partir de 1º de abril, medicamentos ficarão mais caros. A variação será de 2,84%, abaixo dos 4,76% aprovados em 2017. São adotados 3 níveis de correção, sendo o mínimo de 2,09% e intermediário de 2,47%. Os percentuais ainda serão oficializados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), em reunião prevista para a próxima semana. A divulgação será feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio de publicação no Diário Oficial da União (D.O.U.).
No total, cerca de 19 mil medicamentos estão sujeitos a reajuste. A variação anual estimada pela entidade é baseada na fórmula de cálculo adotada pela Cmed. Como componentes para o cálculo são consideradas a variação inflacionária, a produtividade da indústria farmacêutica, a concorrência de mercado, a oscilação cambial e a despesa com energia elétrica. Desde 2005 o Índice de Preço ao Consumidor Final Amplo (IPCA), que mede a tendência da inflação no país, acumula alta de 117%. Neste período, os medicamentos encareceram 82%, segundo o presidente -executivo da Interfarma, Antônio Britto.
Antecipar a compra do medicamento em função da previsão de reajuste não é comum entre os consumidores, até pela limitação financeira da maioria. Mas, as farmácias reforçam o estoque e repassam o aumento aos poucos, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sincofarma), Hamílton Teixeira. Ele lembra que medicamentos são os únicos produtos comercializados no país com preços regulados pelo governo e por isso o reajuste é anual. Com a regulação, o governo estabelece um valor máximo, mas os preços serão parametrizados pela concorrência de mercado. Com isso, o consumidor pode encontrar o mesmo medicamento com preços diferentes, complementa o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto.