“O Brasil está em um momento crucial, de vida ou morte. O país não pode viver mais quatro anos de aventura”. A afirmação é do ex-técnico das seleções masculina e feminina de vôlei, Bernardo Rocha Rezende, o Bernardinho, durante palestra realizada nesta quarta-feira (12), em Cuiabá, em evento promovido pelo Partido Novo, no qual Bernardinho é filiado e atualmente atua como embaixador. Bernardinho estava acompanhado do candidato a vice-presidente da República pelo Partido Novo, professor Christian Lohbauer.
Para uma plateia composta por candidatos do Partido Novo, filiados e simpatizantes, Bernardinho salientou que houve uma época em que era uma honra e motivo de orgulho para um político representar o seu estado, mas que hoje o brasileiro tem vergonha de seus representantes. “Antigamente era uma honra representar o seu estado, sendo um senador, ou deputado. Hoje a gente tem vergonha dos nossos parlamentares. Precisamos mudar isso”, disse o embaixador do Partido Novo, lamentando que a política hoje é um ambiente hostil para todos que tentam participar de maneira diferente da que está sendo praticada atualmente no país. “O ambiente da política era hostil para todos nós. O Novo vem propondo debater ideias e não pessoas. Criminalizar o diverso é uma das coisas mais nocivas que existe, especialmente no meio político, pois você afasta pessoas. É bom que tenhamos pessoas boas, com pensamentos diferentes e então possamos debater ideias e assim construir um projeto que seja melhor que o meu, melhor que o seu, que tenha nascido desse debate construtivo”.
O ex-técnico de vôlei e bicampeão olímpico também fez um alerta sobre o grande número de pessoas que optaram por sair do país. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em junho deste ano, 62% dos jovens entre 16 e 24 anos deixariam o país se pudessem. De acordo com o mesmo levantamento, o êxodo também é desejo de 43% da população adulta, o que representa cerca de 70 milhões de brasileiros com mais de 16 anos. “O Brasil deixou de ser um país de oportunidades. Quando deixei a seleção eu tive proposta para ir embora do Brasil me questionei se era o momento de ir ou tentar fazer alguma coisa. Optei por ficar, pois não queria passar a mensagem que eu também estava abandonando o país. Não pretendo ser o salvador da pátria, até porque nós, do Partido Novo, não acreditamos em salvadores da pátria, mas vamos fazer a nossa parte. Chega um momento em que ou você muda de país ou muda o seu país e nós não queremos morar em um outro país, nós queremos morar em um outro Brasil, então todos nós temos que participar”.
Poder do voto
O candidato a vice-presidente da República pelo Partido Novo, professor Christian Lohbauer, também falou sobre a importância deste momento de eleições em que a população está descrente com a política brasileira para uma mudança nos rumos do país de maneira legítima. “A única maneira de mudar a política instalada no país sem aplicar golpes e respeitando as instituições e a Constituição é ocupando espaços no Congresso Nacional através do voto”.
Lohbauer também criticou a dificuldade em divulgar uma proposta política diferente da atual. “Não existe isonomia na política brasileira. Prova disso é o nosso tempo de TV na propaganda eleitoral. As condições de comunicação são muito desiguais”, disse o professor, ressaltando o preparo do Partido Novo para esse momento político. “Não estamos aqui brincando de fazer política porque estamos no período eleitoral. Estamos há anos construindo essa instituição, que é o Partido Novo, construindo as propostas para fazer esse país prosperar”.
Sobre o Partido Novo
Fundado em fevereiro de 2011 por 181 cidadãos de 35 profissões que nunca haviam exercido mandato político, o Partido Novo tem como principais bandeiras a valorização do indivíduo, a modernização do Estado por meio da redução da máquina pública, eliminação de privilégios e fim das indicações políticas que geram atraso e ineficiência. A legenda é a mais influente das redes sociais, tem como princípio não usar os Fundos Partidário e Eleitoral, sendo apoiada financeiramente somente por seus filiados e doadores. Em Mato Grosso o Partido Novo lançou o candidato ao Senado Waldir Caldas e 13 postulantes a deputado federal. Atualmente o partido tem 488 filiados no estado.