De acordo com a medição do Índice Fipe Buscapé, os preços do comércio eletrônico no País recuaram 4,31% em outubro na comparação com o mesmo período de 2016, décimo primeiro mês consecutivo de queda. Em relação a setembro de 2017, os preços registraram queda de 0,44%.
Dos dez grupos monitorados pelo índice, seis apresentaram redução em outubro. São eles: telefonia (-16,13%), fotografia (-7,84%), moda e acessórios, (-5,53%), eletrônicos (-0,54%), informática (-2,46) e esporte e lazer (-0,34%). Na contramão, registraram expansão nos preços: brinquedos e games (5,18%), cosméticos e perfumaria (1,24%), eletrodomésticos (1,57%) e casa e decoração (0,98%).
Por meio de nota, o Buscapé estimou que, considerando a Black Friday em novembro, data conhecida pelos expressivos descontos oferecidos pelo comércio eletrônico, a expectativa é que no mês se mantenha a tendência deflacionária e o ano de 2017 fique marcado por sucessivas quedas nos preços.
Ainda segundo o Buscapé, a cesta de produtos do e-commerce, por conta de sua composição e características, tende a ser deflacionária em condições ideais de mercado. A comparação é feita sempre dos mesmos produtos, que tendem à desvalorização com a disseminação da tecnologia, lançamento de um produto superior na mesma categoria ou troca de coleção e mostruário.
A inflação dos preços gerais, medida pelo IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 2,70% nos últimos 12 meses terminados em outubro, a menor taxa desde fevereiro de 1999, o que mostra que os preços do comércio eletrônico tiveram variação de negativa de 6,83% em relação aos preços gerais da economia.
SERASA
A economia brasileira registrou expansão de 1,2% no terceiro trimestre de 2017, após ajuste sazonal, em comparação ao período equivalente do ano passado, relata a Serasa Experian. Já em comparação ao trimestre imediatamente anterior, foi apurada uma alta de 0,3%. Com isso, aponta a entidade, o crescimento acumulado entre janeiro e setembro deste ano atingiu 0,4% em relação ao mesmo período de 2016.
O movimento registrado entre os meses de julho e setembro foi impulsionado pela combinação entre corte nos juros, queda da inflação e o cenário benigno na conjuntura internacional, explicam em nota economistas da Serasa Experian.
A oferta da Indústria registrou crescimento de 1,1% no terceiro trimestre em comparação ao anterior, descontados efeitos sazonais, enquanto Serviços avançou 0,7%. Em compensação, a Agropecuária teve retração de 7,0%.
No acumulado até setembro, a Agropecuária teve crescimento de 13,3% sobre o mesmo período de 2016. A Indústria, por outro lado, recuou 0,9%, enquanto o setor de Serviços teve queda de 0,4%.
Já pelo lado da demanda, houve alta de 2,4% nas exportações e expansão de 0,8% nos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), na comparação trimestral. As importações avançaram 4,7%. Na ponta negativa, houve retração de 0,6% no consumo das famílias e queda de 1,1% no consumo do governo.
Nos nove primeiros meses do ano, o consumo das famílias apresenta queda de 0,3%; consumo do governo cedeu 2,3%; e os investimentos recuaram 4,0%. Apenas exportações (4,6%) e importações (3,7%) ficaram em terreno positivo.