A União dos Lojistas de Shoppings Centers (Unishop) aponta que o comércio varejista está otimista com as vendas para o Dia das Crianças pelo apelo emocional da data. As lojas de artigos infantis já se preparam para formar estoque.
O objetivo, porém, é conseguir pelo menos empatar com o ano passado e garantir o mesmo faturamento. “A expectativa é repetir esse ano o que conseguimos fazer no ano passado e atingir o mesmo valor real e absoluto. Entendemos que passamos por um momento delicado na economia do país, mas a criança tem muita importância no contexto familiar. Muitos pais abrem mão das suas necessidades pelo simples fato de ver seu filho feliz”, afirma Júnior Macagnan, presidente da Unishop.
Para Macagnan Mato Grosso segue a tendência nacional de consumo. Os dados divulgados Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que a confiança do consumidor subiu 1,3 pontos em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 80,6 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, quando estava em 81,2 pontos. Foi à quinta alta consecutiva no indicador, que tinha atingido a mínima histórica em abril deste ano. Já pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos revela que o Dia da Crianças deve injetar R$ 7,3 bilhões no comércio nacional com gasto médio de R$ 118,87 por pessoa.
Outro aspecto relevante é que o faturamento das indústrias também deverá seguir em alta, mas em ritmo um pouco abaixo da produção. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) afirma que o faturamento fique em R$ 6,3 bilhões no ano. Em 2015, permaneceu em R$ 5,72 bilhões. Ou seja, um crescimento estimado em 10,1%. Desde 2007, quando a associação começou a levantar esses dados, não houve nenhuma queda no desempenho.
Macagnan também explica que grande parte das vendas ocorrem em cima da hora e a agilidade na entrega dos produtos faz muita diferença para os lojistas acreditarem na retomada da economia. “Como os produtos importados ficaram mais caros, por conta da alta do dólar, essa também é uma oportunidade de empresas nacionais ou locais se consolidarem e aumentar a produção além da participação no mercado. Quando um lojista compra um produto importado, geralmente, demora para receber a mercadoria, ao contrário de quando adquiri um produto de origem nacional”.