O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), ainda não decidiu sobre o requerimento de Janaina Riva (MDB) que pede o afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) com base nas delações do empresário Alan Malouf.
Ele alega que a Procuradoria pediu de volta [o requerimento] porque faltaram alguns documentos da deputada que terá um prazo para apresentar os mesmo e ai novamente a Procuradoria vai analisar e devolver com o parecer para ele.
“Aí eu vou dizer meu voto e minha posição em Plenário. Inclusive, a prerrogativa, segundo o parecer da Procuradoria, é do presidente, em dar prosseguimento ou não”, comentou ele.
Botelho aí pretende por em votação e conforme for pode arquivar ou não. Janaina até tentou colocar em plenário na sessão desta terça-feira (06), mas foi barrada por Eduardo Botelho que até agora não fixou prazo para tomar a decisão.
O pedido apresentado por Janaina Riva tem como base a delação premiada do empresário Alan Malouf. Além do afastamento, a parlamentar requereu o julgamento do tucano pelo crime de responsabilidade. Se acatado, Taques poderá ser condenado e ficar inapto a exercer qualquer função pública por cinco anos.
Na semana passada, a Procuradoria da Assembleia Legislativa, a pedido de Botelho reconheceu a legalidade da ação e entendeu que cabia ao presidente da Casa de Leis decidir sobre o prosseguimento da mesma.
Ontem, Janaina Riva disse que Botelho poderia levar o pedido ao Plenário para que todos os deputados opinassem sobre o andamento da ação. O democrata negou. “A decisão de dar seguimento é do presidente. A única decisão que vai para o Plenário é se afasta ou não. Então eu vou fazer o que me é de direito”, afirmou o parlamentar.
Botelho não fixou um prazo para anunciar sua decisão. Na sessão desta terça-feira, alegou ausência de documentos para se pronunciar. Os documentos aos quais o presidente se referia, no entanto, já haviam sido entregues para a Procuradoria.
A forte expectativa sobre o pronunciamento de Botelho, que já adiantou votar contra o afastamento de Taques caso o pedido seja de fato levado ao Plenário. O presidente utiliza a proximidade do fim do mandato como argumento e disse, ainda, que irá se basear nos mesmos conceitos para decidir sobre o seguimento da ação. “O prazo que nós temos para o fim do mandato, o que isso acarretaria de bem ou de mal. É tudo isso”, pontuou.