Oscar Bezerra (PV), Daltinho (Patriota), Wagner Ramos (PSD), Mauro Savi (DEM) e Romoaldo Junior (MDB) não conseguiram se reeleger nessas eleições.
Todos eles estão na delação do ex-governador Silval Barbosa como recebedores de propina e de terem supostamente participado de esquema no governo passado.
Savi inclusive ficou preso e foi solto há pouco tempo acusado de chefiar esquema no Detran.
Já entre os federais, Valtenir Pereira (MDB) e Ezequiel Fonseca (PP) também sofreram derrotas nas urnas.
No caso de Savi, ele começou campanha tardiamente e conseguiu apenas 11 mil votos. Na eleição de 2014, ele foi o deputado estadual mais votado, com mais de 55 mil votos.
O democrata é apontado como líder do esquema de desvio de dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O deputado não reeleito ainda responde a Justiça, que segue investigando o caso.
Romoaldo Junior (MDB) teve 18 mil votos e não conseguiu permanecer na Casa de Leis. O deputado estadual teria sido "obrigado" repassar ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) metade da propina paga ao parlamentar, pela empresa Canal Livre. A empresa é responsável pela tecnologia da informação e iluminação da Arena Pantanal, e foi contratada por cerca de R$ 100 milhões. O caso faz parte da delação do ex-chefe do executivo.
Já Oscar Bezerra (PV) que contou com apenas 11 mil votos, foi denunciado por querer propina de R$ 15 milhões de Silval para impedir que a CPI das Obras da Copa do Mundo, e, que era presidente, não prosperasse.
O deputado Wagner Ramos, que nas eleições de 2014 teve mais de 26 mil votos e agora contou com apenas 8 mil, foi gravado numa reunião com o médico Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para negociar o pagamento de propina a fim de excluir Silval do relatório da CPI das Obras da Copa.
Já “Daltinho”, foi acusado por Silval Barbosa de chantagear colegas parlamentares para ficar no cargo durante a legislatura 2011/2015, em que era suplente. Segundo delação de Silval, o deputado gravou uma reunião em que deputados discutiam propina e passou a chantagear os “colegas”.
Ezequiel Fonseca é outro delatado por Silval que não foi reeleito. Ele obteve apenas 32 mil votos na disputa à Câmara Federal.