O volume de chuva do mês de outubro em Mato Grosso foi mais intenso e abriu a janela ideal para a manutenção de pastagem, principal alimento do rebanho leiteiro.
A avaliação desse fato foi realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) que, ao analisar os preços dos insumos comumente utilizados para este fim, entre eles, fertilizantes e herbicidas, verifica-se que houve redução nas cotações em out/19 em relação a set/19, em média de 5,41% e 1,28%, respectivamente, em termos reais.
Além disso, a ureia registrou o seu menor valor do ano em out/19 – média de R$ 1.734,94/t -, o que melhorou sua relação de troca com o leite em momento oportuno para os trabalhos a campo. Desta forma, como o pasto é o alimento mais barato da dieta animal, sua manutenção é importante para manter a produção com custos enxutos. Ademais, uma pastagem bem manejada reduz a dependência de insumos concentrados, como o milho, que tende a se manter valorizado devido, entre outros fatores, à demanda aquecida das usinas de etanol em MT, na avaliação do instituto.
O preço do leite pago ao produtor mato-grossense apresentou queda de 0,83%, sendo cotado a R$ 1,09/l, reflexo do aumento na captação. A pressão sobre o preço só não foi maior porque a oferta ainda se encontra menor que a do mesmo período de 2018, conforme publicado anteriormente pelo MT Econômico neste link.
A relação de troca do leite com a saca de milho fechou o mês em alta de 5,29%. Com isto, o pecuarista precisou vender 24,32 litros de leite para comprar uma saca de milho.