A partir de janeiro o preço do gás de cozinha deve subir para os consumidores devido a alta de 5% nas refinarias anunciada pela Petrobras, na última sexta-feira (27).
Mesmo que no cenário internacional o preço do gás vem caindo, o mercado doméstico já registrará o terceiro mês seguido de elevação nos preços.
Em Cuiabá o preço do botijão está variando de R$ 90 a R$ 100, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Existem estabelecimentos que chegam até a R$ 110. No interior de Mato Grosso, alguns municípios como Sorriso, o valor máximo chega a R$ 115. Se repassado na mesma proporção, o aumento será de R$ 4,50 a R$ 5,75 sobre os preços praticados atualmente.
Além dos consumidores, o impacto no preço também deve chegar ao segmento de restaurantes que utiliza em grande quantidade o gás de cozinha para preparo dos alimentos. O consumidor deve pagar a conta mais cara, pois em casos de aumento os estabelecimentos repassam o custo adiante aos clientes.
O orçamento familiar também deve ficar mais apertado para as famílias, principalmente as de baixa renda, que costumam sentir mais o aumento no custo de vida.
Justificativa da Petrobras
Um milhão de BTUs (26,8 metros cúbicos) de gás era cotado por US$ 2,71 no começo de novembro e fechou em US$ 2,24 na última sexta-feira (27) no mercado internacional, que representa decréscimo de 17%.
O setor vem segurando o aumento há cerca de 3 meses. A Petrobras não justificou o aumento. Em nota, afirmou que o custo de aquisição de gás natural pelas distribuidoras deverá ter uma redução média imediata de 10% no próximo ano. Isso porque a estatal renovou contratos com 12 distribuidoras estaduais com a redução de preço, que pode chegar ao consumidor.