De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção da pecuária cresceu em Mato Grosso nesse primeiro trimestre, sendo que o da cria é o que está mais onerado. O custo foi majorado em mais 6,5%.
Os custos operacionais se estabeleceram em R$ 121,84/@ na cria, em R$ 129,97/@ na recria/engorda e R$ 114,29/@ no ciclo completo, com variações de 6,57%, 0,09% e -3,72%, dentro do período de comparações. Conforme explicam os analistas, em todos os sistemas ocorreram aumentos no dispêndio com mão-de-obra, por causa do reajuste no salário mínimo no início do ano.
Atualmente, Mato Grosso, detém o maior rebanho de bovinos do país – com cerca de 30 milhões de cabeças. E se prepara para mais uma temporada de confinamentos e o momento é de tomada de decisão, se a modalidade de terminação vai ou não compensar. “Com o primeiro quadrimestre do ano chegando ao fim, os confinamentos mato-grossenses começam a intensificar suas atividades. Nesse sentido, no que tange aos custos com a dieta animal, a expectativa é que os gastos com o milho e o farelo de soja estejam mais em conta ao longo do ano, principalmente com a entrada do milho de segunda safra. Contudo, os produtores se depararam com uma reposição mais cara neste ano, visto que, na média do primeiro quadrimestre de 2019, a arroba do bezerro de ano esteve 24,3% mais cara do que a do boi gordo, valor 3,57 pontos percentuais (p.p.) acima da média histórica. É o terceiro maior ágio para o período desde 2009”.
Ainda como destacam os analistas, como a reposição tem pesado mais no bolso do produtor, isto pode afetar o desempenho financeiro do confinamento. Além do mais, destaca-se que geralmente o ágio aumenta ainda mais nos meses de seca, o que demanda uma boa negociação de compra de animais para o segundo giro do confinamento, orientam o Imea.
O MT Econômico publicou no mês de fevereiro o aumento no custo da pecuária em Mato Grosso. É uma queixa dos produtores que estão com margens apertadas, segundo o setor. Veja mais nesse link.