Mato Grosso está entre os estados com melhor perspectiva de crescimento na construção civil para 2020/21. Também estão na lista, conforme pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os estados de São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Já o Rio Grande do Sul e Região Norte o cenário é de maior dificuldade e retração.
A capital de Mato Grosso, Cuiabá, por exemplo, está na lista das 40 melhores cidades do Brasil na venda de apartamentos, conforme pesquisa do Zap Imóveis publicada anteriormente pelo MT Econômico neste link.
Alguns imóveis da capital do estado até perderam valor de mercado devido a retração dos últimos anos e pode ser um bom momento para comprar. Veja mais aqui
Cenário Econômico
Apostando alto no acerto das medidas que vêm sendo implementadas pelo governo federal, as empresas que atuam nesse mercado acreditam que 2020 será o ano da arrancada para um crescimento sólido e continuado do País e, consequentemente, dos negócios no ramo. E estimam que, a partir de 2021, o setor estará trabalhando com grande intensidade.
Um dos sinais dessa retomada aparece nos números. No primeiro semestre deste ano, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos de imóveis cresceram 15,4% em relação ao mesmo período de 2018. E as vendas aumentaram 12,1%, o que demonstra que parte da demanda reprimida pela crise já começa a ser atendida.
Outro fator que fortalece a confiança do mercado é que não haverá aumentos importantes na inflação e a taxa Selic deverá ficar abaixo dos 5% neste ano.
A reforma previdenciária será aprovada ainda neste ano e isso abre um cenário de estabilidade econômica e retomada do crescimento..
O Brasil deve aumentar os investimentos de capital estrangeiro, dando fôlego para a economia e aumento do consumo.
Aliada a isso, a mudança na forma de financiamento que a Caixa Econômica Federal vem implementando permite, dependendo do tempo de contrato, reduzir entre 30% e 40% o valor do empréstimo.
A medida atrai uma grande quantidade de pessoas que antes não conseguia ter sua análise de crédito aprovada.
CBIC vê cenário de confiança, porém ainda com cautela
Termômetro da economia, o desempenho da construção civil entre 2014 e 2018 mostra o tamanho da crise que atingiu o País. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor despencou mais de 27%. "Somos a indústria que potencializa o PIB quando o País cresce e que derruba mais que proporcionalmente o número quando este se retrai. Entre 2014 e 2018, fechamos mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada. Por outro lado, bastou a área imobiliária melhorar em algumas regiões para puxarmos o PIB do segundo trimestre de 2019", diz o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.
Embora animado com a reação dos mercados em alguns estados, ele mostra uma certa reserva quanto à disponibilidade de recursos no futuro para o financiamento da construção civil, devido ao novo anúncio da liberação de valores até R$ 500,00 do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) por contribuinte para "falsamente melhorar o consumo no País". "Nossa atividade é duramente afetada por esses saques. Não é liberando R$ 500,00 para comprar produtos na China que vamos fazer o Brasil crescer. O comércio pode até ativar no primeiro instante, mas, depois, o resultado é criação de emprego em outros países", explicou Martins em audiência pública da Comissão Mista da Medida Provisória nº 889, de 2019, que institui a modalidade de saque-aniversário do FGTS, no final de setembro, no Senado. Na oportunidade, o presidente da CBIC salientou que cada R$ 1 milhão de investimento em construção civil resulta em 7,64 empregos diretos e R$ 772 mil em renda direta e indireta.
Para Martins, a hora é de acreditar nas reformas estruturantes do governo e em seus resultados futuros, mas sem ufanismo, com muita cautela. Ele argumenta que, assim como a crise afeta os mercados diferentemente, a reação desses mercados também acontece em momentos distintos. O fator determinante é, principalmente, a retomada das economias regionais e o grau de dependência da economia privada em relação aos governos municipais, estaduais e federal, que é muito maior nas regiões Norte e Nordeste, justamente as mais atrasadas.