Em 2021 o mercado da soja deve continuar promissor em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou essa semana que 66,45% da soja que ainda será colhida a partir de janeiro de 2021 já foi comercializada. A estimativa é 35.489 milhões de toneladas. O mercado externo está garantindo a soja antecipadamente, pois os preços ainda estão atrativos.
Em relação à área, é esperado o plantio recorde de 10,30 milhões de hectares (aumento de mais de 3%). Na produtividade, devido à seca, foi reduzida a estimativa para 57,41 sacas por hectare, uma queda de 2,84% em relação à safra passada. Mesmo com a queda, o responsável pela cadeia da soja, Marcel Durigon, disse que a produção será recorde no Estado.
Safra 2020/21
Na safra 2020/21 o custeio para a soja em Mato Grosso apresentou aumento de 10,25% ante a safra anterior (2019/2020), o que representa R$ 24,81 bilhões.
Essa alta nas despesas do sojicultor ocorreu, principalmente, pela valorização da moeda norte-americana, que impactou diretamente no custo com insumos agrícolas. Além disso, o aumento de área foi maior para essa safra, cerca de 3%, influenciado pela valorização da soja brasileira em função da crescente demanda e a constante alta dos preços futuros da oleaginosa nos mercados nacional e internacional.
Leia mais: Plantio de soja é encerrado em Mato Grosso. Variação semanal apresenta queda na cotação
Quem financiou boa parte do custeio da safra este ano no estado foram as multinacionais (35%), principalmente devido às relações de troca antecipada feita com os produtores.
Os recursos próprios corresponderam a 17%, média de 2% a menos do que em 2019. Isso não significa uma descapitalização do produtor, mas demonstra que o custo de oportunidade do dinheiro de terceiros estava mais barato e atrativo, especialmente por conta da Selic estar 2% ao ano.
O MT Econômico traz aos leitores hoje, o estudo completo do Imea para 2021, tanto da soja quanto do milho e pecuária.
Clique no botão vermelho e faça download