A construção civil é um dos setores mais afetados pela crise econômica iniciada em 2014. Inúmeros empregos deixam de ser gerados com o esfriamento do setor. E para completar, o governo federal estuda reduzir a verba para 2020 do programa social Minha Casa Minha Vida, conforme falado anteriormente pelo MT Econômico neste link.
Em Mato Grosso, outra dificuldade do setor é o Fethab, onde o governo estadual não investe em habitação, algo previsto no programa. O recurso em sua maior parte é utilizado para construir estradas para beneficiar os produtores rurais, já que os mesmos contribuem com o fundo. Com isso, a diversificação do modal logístico fica cada vez mais longe de acontecer no estado, pois o lobby do setor rodoviário é grande.
Setor imobiliário e construção
Em Mato Grosso, as empresas têm lançado poucos produtos, sendo que muitos imóveis ainda estão no estoque, ou seja, são projetos que já existiam. A desvalorização dos imóveis também é algo que tem preocupado o setor.
Uma empresa que atua na área de loteamento para condomínios em Cuiabá, lançou um empreendimento há cerca de quatro anos atrás a um valor médio de 100 mil e chegou a valorizar até R$ 140 mil, mas atualmente, já é vendido pelo preço menor que o lançamento, na faixa de R$ 95 mil, conforme apurado pelo MT Econômico. Algumas casas em condomínio fechado também estão com valor praticado abaixo do previsto. Muitas empresas estão querendo zerar os estoques e fazem promoção para atrair consumidores.
No Brasil, a redução da atividade também gerou reflexos no mercado de trabalho e na geração de negócios. Dados mais recentes da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número de empresas ativas no ramo da construção civil diminuiu de 126.880, em 2016, para 126.316, em 2017 . Desde 2013, período pré-crise, o setor perdeu mais de 800 mil postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cagead).
Expectativa
O termômetro do mercado local ainda não subiu como o esperado, mas projeta boas expectativas e muitas pessoas já estão realizando o sonho da casa própria ou trocando seus imóveis.
Recentemente, teve até um feirão de imóveis em Cuiabá que registrou inúmeras vendas. A perspectiva da economia para os próximos anos é melhor e por isso, muitos já estão comprando, ao invés de deixar para fazer negócio com o mercado muito aquecido, pois quando todos procuram por algo ao mesmo tempo, a tendência é que os preços subam. Ou seja, é um momento interessante de pensar em comprar, seguindo a lógica de mercado e tendência econômica mais positiva, segundo avalia o MT Econômico.