Uma pesquisa aponta que mais de 60% dos brasileiros não têm um fundo de emergência. Se você nunca pensou nisso, veja algumas dicas que podem tem ajudar no planejamento.
É importante destacar que ter uma reserva de emergência é essencial para todas as pessoas, porque não podemos prever o futuro.
Mesmo com a recuperação da atividade econômica, é fundamental saber como fazer um fundo de emergência. Assim, você pode evitar uma série de problemas e ter um futuro melhor.
Trazemos hoje uma publicação para você aprender como criar um fundo financeiro agora mesmo:
O Que é Fundo de Emergência?
O fundo de emergência é um montante que está reservado para as eventualidades como: problemas de saúde, demissões e rendimentos menores que os previstos.
Este fundo pode ser interpretado como a quantia necessária para ajudá-lo a superar um período difícil ou não esperado.
Por que você precisa de uma Fundo de Emergência?
Na maioria das vezes, a cultura brasileira é imediatista para o consumo e não tem muita preocupação em ter um fundo de emergência.
Muitos preferem priorizar o agora e comprar o que desejam, sem se preocupar com o futuro. O Brasil está entre os países com maior índice de imediatismo calculado pelo Insper.
Imagine a seguinte situação: as despesas mensais da sua família são de R$ 3.000,00. Tudo está indo bem, até que você perde o emprego. Por conta disso, os rendimentos passarão para R$ 1.000,00.
Digamos que o seu carro e o seu imóvel são financiados. Eles devem ser pagos para evitar perdas e altos juros. Com apenas R$ 1 mil, o orçamento doméstico ficará comprometido, já que há também os custos essenciais como as contas de água e luz, por exemplo.
Como você não tem um fundo de emergência para continuar a sustentar as despesas, a saída encontrada foi diminuir alguns gastos e recorrer a um empréstimo bancário até você conseguir um novo emprego.
Agora, você acaba de contrair um outro problema, que é o custo desta "ajuda financeira". Todo empréstimo tem juros, principalmente quando se trata de bancos.
Mesmo que você consiga continuar o custeio das despesas da sua família, no futuro, terá a dívida bancária, ou seja, é o efeito bola de neve.
Com o fundo de emergência, a solução poderia ser muito melhor. Neste caso, haveria dinheiro suficiente para pagar as despesas sem preocupações.
Em uma situação que envolve problemas de saúde, ter uma reserva é ainda mais importante. Mesmo com pouco dinheiro, é possível agir mais rápido ao invés de contrair empréstimos, ir em busca de crédito e afins.
Se você é um empreendedor ou não tem um emprego formal, o fundo de emergência é crucial para manter o equilíbrio da sua vida financeira.
Não espere o problema acontecer para agir! Esteja preparado e mantenha as suas finanças sob controle.
Como fazer um Fundo de Emergência
Para constituir um fundo de emergência é importante que você tenha pelo menos de 6 a 12 meses da sua renda guardado. Esse recurso deve ser aplicado numa poupança ou investimento de baixo risco, segundo recomenda o MT Econômico.
Se você quer investir em ações ou opções mais rentáveis [e arriscadas] lembre-se de fazer isso após constituir seu fundo de emergência.
Tipos de investimentos para manter o fundo de emergência
Alguns investimentos seguros e com boa liquidez devem ser priorizados quando for direcionar os recursos do seu fundo de emergência. Listamos abaixo alguns:
1 – Tesouro Selic
Este é um título público de renda fixa emitido pelo governo. Basicamente, ele consiste em um empréstimo do seu dinheiro para o financiamento de áreas como, saúde, educação e infraestrutura.
Em troca, você recebe uma taxa de rentabilidade, que no caso é a própria taxa Selic anualizada.
2 – CDB com liquidez diária
O CDB com liquidez diária é uma boa alternativa para o fundo de emergência. Como ele é emitido pelos bancos, é possível encontrar taxas de rentabilidade próximas ou maiores que o CDI.
Assim, você poderá ter uma reserva de boa remuneração e com a vantagem de resgatar o valor investido a qualquer momento. Diferentemente do Tesouro Selic, a liquidação pode ocorrer no mesmo dia.
3 – LCI e LCA com liquidez diária
As LCI (Letras de Crédito Imobiliária) e a LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa do setor privado. A taxa de rentabilidade é semelhante ao CDB, bem como, o princípio de funcionamento.
Porém, esses ativos têm uma vantagem muito atrativa para o seu fundo de emergência, que é a isenção de tributos.
Assim, os rendimentos brutos são iguais ao líquidos. Então, você conta com bons rendimentos, facilidade no resgate e ainda a ausência de taxas.
4 – Fundos de renda fixa
Os Fundos de renda fixa são carteiras que investem, no mínimo, 80% do patrimônio em títulos de renda fixa como, Tesouro Direto.
Ele apresenta o diferencial de ter um gestor profissional que faz as alocações de ativos e acompanha diariamente a aplicação. O objetivo é conseguir o melhor rendimento.
Por ser composto por títulos de renda fixa, os retornos, geralmente, são próximos ao CDI. Os melhores fundos conseguem desempenhos bastante atrativos.
Um ponto de atenção é que os fundos de renda fixa não possuem a garantia do FGC. Portanto, é necessário avaliar a nota de rating do emissor. Quanto maior ela estiver, menor a possibilidade de falência.
5 – Fundos DI
Outra alternativa para fundo de emergência é o Fundo DI. Ele é um fundo de investimento referenciado na taxa DI, que é o próprio CDI.
Assim, a composição é feita com ativos da renda fixa indexados à taxa CDI. Portanto, se você quer ter uma reserva com boa rentabilidade, esta pode ser uma opção.
Como nos fundos de renda fixa, os fundos DI também não possuem cobertura do FGC, ou seja, você precisa analisar o rating da instituição emissora.
Os fundos de investimentos possuem taxa de administração. Alguns deles têm a taxa de performance. Elas devem ser consideradas antes de investir, com o intuito de saber se os rendimentos superam as despesas.