Nesta sexta-feira (14) vários serviços não estarão funcionando por conta da greve geral em protesto contra a reforma da Previdência.
Já divulgaram que vão aderir as escolas públicas, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), as Secretarias do Meio Ambiente e da Saúde, transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, tudo contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 006/2019.
"A Reforma da Previdência representa o desmonte da previdência no Brasil e atinge a todos os trabalhadores. Em todas as regiões do país as mais diversas categorias já decidiram que vão paralisar suas atividades", comenta Daiane Renner presidente do Sinetran-MT.
“Já fizemos a comunicação ao governo e ao secretário de Saúde (Gilberto Figueiredo), inclusive, respeitando os prazos legais de comunicação”, disse vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma), Ana Cláudia Machado.
Participam ainda estudantes, docentes e técnicos da Universidade Federal (UFMT), do Instituto Federal (IFMT) e da Universidade Estadual (Unemat).
O transporte também vai parar. “Estamos participando da organização e buscando mobilizar o maior número possível de trabalhadores para esse dia de protesto contra a retirada de nossos direitos, principalmente contra as ameaças contidas no projeto de reforma da previdência, que do jeito que está irá dificultar em muito o acesso à aposentadoria, direito sagrado do trabalhador brasileiro. Por isso, no dia 14 nossa categoria irá cruzar os braços em protesto contra essa situação. O transporte coletivo vai parar na capital e em Várzea Grande”, avisou o presidente do Sintrobac, Ledevino da Conceição.
Segundo o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, não faltam motivos para aderir ao ato unificado.
Em Cuiabá e diversas cidades do Estado, estão previstos atos na região central da cidade. Conforme informações da Adunnemat, no texto da PEC nº 006/2019, a aposentadoria por tempo de contribuição irá acabar e as mulheres serão obrigadas a se aposentarem com, no mínimo, 62 anos de idade, e os homens 65 anos. Além disso, o tempo mínimo de contribuição subirá de 15 anos para 20 anos e os trabalhadores vão receber menos, apenas 60% do valor do benefício será pago se a reforma for aprovada. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador terá de contribuir por pelo menos 40 anos. Em Mato Grosso, os bancários decidiram pelo apoio ao protesto, mas as agências bancárias estarão funcionando normalmente.