Apesar de ainda ser uma parcela pequena de brasileiros que consomem orgânicos no Brasil não chegando nem a 20%, a indústria alimentícia tem buscado investir para conquistar essa fatia do mercado.
A Quaker, líder do mercado de aveias, lançou em 2018 três versões orgânicas. Em janeiro de 2020, a Gallo põe no mercado seu azeite extravirgem orgânico. Até a Hellmanns já tem um ketchup fabricado com tomates e açúcar orgânicos -a marca pertence à Unilever, que adquiriu a Mãe Terra, 100% orgânica, em 2018.
A Nestlé, que já tinha lançado aveias orgânicas e a linha de chocolates Talento Terruá em 2018, vai colocar duas novidades nas prateleiras nas próximas semanas: as papinhas NaturNes e o Ninho Orgânico.
O consumidor está mais consciente e espera das marcas uma postura verdadeira e mais saudável, segundo pesquisas das empresas do setor alimentício.
Para a indústria, a obtenção da certificação orgânica reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é um processo complexo, que não se limita à seleção de fornecedores.
A lei 10.831/03 determina que, para ser vendido como orgânico, o produto deve conter pelo menos 95% de ingredientes certificados – e os 5% que fogem à regra precisam estar identificados no rótulo.
Mas conquistar o consumidor de orgânicos, nem sempre é fácil. Não adianta estampar o selo na embalagem só pelo marketing positivo. É um público que tem o hábito de ler rótulos, busca alimentos saudáveis e não se deixa enganar.