A nova edição da pesquisa “Global Industry Semiconductor Outlook”, conduzida pela KPMG com executivos de diferentes regiões aponta que a Internet das Coisas (IoT), incluindo casas industriais, conectadas, cidades inteligentes e tecnologias para vestir, é a aplicação que mais impulsionará a receita da indústria mundial de semicondutores no próximo ano fiscal.
Além disso, o futuro das empresas desse segmento dependerá da evolução das seguintes tecnologias: rede 5G (componentes sem fio e de infraestrutura), Inteligência Artificial (por exigirem poder computacional, centros de dados e infraestrutura de nuvem) e transformações no setor automotivo (diante da evolução dos veículos para sistemas de entretenimento sobre rodas).
“As empresas de tecnologia estão otimistas sobre o futuro por conta das novas oportunidades criadas no mundo conectado. À medida que a indústria atravessa grandes transformações, as empresas de semicondutores estão olhando para o futuro e fazendo apostas em setores e aplicações mais promissores nesse ecossistema que está em crescente expansão”, afirma Luis Motta, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.
A pesquisa da KPMG também revelou que o aumento dos custos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é o maior problema enfrentado pela indústria, apesar desta área ter sido apontada também como uma das principais prioridades estratégicas. Os respondentes destacaram ainda que o risco de falta de talentos é a maior ameaça ao crescimento das empresas de semicondutores e que esse cenário resultará em exigências adicionais de clientes, com cadeias de suprimentos potencialmente mais complexas.
“As empresas líderes aproveitarão as oportunidades e criarão estratégias para garantir fluxos de receita futuros. Os desafios apresentados por aplicações emergentes podem ser resolvidos com o investimento em soluções inovadoras com benefícios a longo prazo, como, por exemplo a incorporação de análise de dados no gerenciamento do portfólio de produtos, a introdução de blockchain na cadeia de suprimentos e a expansão de serviços direcionados para produtos essenciais”, afirma Felipe Catharino, sócio-diretor de Tecnologia da KPMG no Brasil.
A pesquisa destacou ainda que as empresas menores são cada vez mais a fonte de desenvolvimentos promissores na indústria de semicondutores e estão empenhadas em capitalizar tecnologias revolucionárias para aplicações emergentes. Por outro lado, as empresas de grande porte que participaram da pesquisa revelaram estar preocupadas com o impacto das atuais cadeias de suprimentos na expansão dos produtos conectados.
Como próximos passos, a pesquisa antecipou a necessidade dessa indústria incorporar a segurança cibernética como uma questão de negócios e não apenas de tecnologia, a relevância de ampliar investimentos em pesquisa e desenvolvimento e explorar programas internos para treinar e capacitar corretamente a força de trabalho para preencher a atual lacuna de talentos e habilidades.