A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) proferiu uma palestra no Fórum das Cadeias Produtivas nesta segunda-feira(4) na 52ª Expoagro.
Na palestra do diretor executivo, Custódio Rodrigues foi apresentado a suinocultura mato-grossense e o consumo da carne suína com mais sabor e saúde. Ele mostrou um panorama da suinocultura mato-grossense que apresentou um crescimento de 171% de 2004 a 2012.
“A tendência é de que a cadeia continue a crescer, cada vez mais com controle de qualidade dos produtos, com emprego de bem estar animal e com práticas sustentáveis”, disse.
Mato Grosso é o 5º maior produtor de suínos do país. Em 2015, foram abatidos mais de 2 milhões de cabeças. As granjas comerciais respondem por 95% com emprego de alta tecnologia e práticas sustentáveis. A cadeia suinícola gera ainda cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos. Características do solo, clima e recursos hídricos favorecem a produção de suínos.
Ainda a nutricionista e consultora da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Thaliane Dias, falou sobre o tema “Consumindo a carne suína com mais sabor e saúde” aos presentes. A profissional esclareceu as principais dúvidas sobre a saudabilidade da carne suína e seus benefícios para a saúde humana.
“A mensagem central é mostrar, por meio de dados científicos, que muitos cortes de carne suína tem menos gordura e colesterol que outras carnes e, também, não transmite doenças”, contou.
De acordo com a nutricionista a carne suína comercializada hoje no Brasil tem 31% menos de gordura, 14% menos calorias e taxas de colesterol 10% menores do que há 30 anos. Especialmente, o lombo suíno, que apresenta benefícios indiscutíveis à saúde e deve ser considerado uma das melhores opções para o cardápio de quem quer se alimentar de maneira saudável.
Thaliane também abordou o consumo da carne suína. De acordo com a nutricionista, a proteína é ainda pouco consumida no Brasil devido ao modo como é apresentada. A maior parte da população não tem conhecimento sobre cortes diferenciados e muitos têm preconceito. Hoje, o mercado oferece ao consumidor mais 30 cortes diferenciados. Estes podem resultar ainda e mais 110 diferentes tipos cortes de suíno.
Quanto à saudabilidade, o nutricionista descartou qualquer possibilidade da carne suína transmitir cisticercose a humanos. “A doença é transmitida pelo próprio homem. Ou seja, é a água contaminada com dejetos humanos infectados pode chegar a verduras e legumes que, sem limpeza adequada, transmitem a doença a outro ser humano. A carne suína não transmite o cisticerco”, garantiu.
O Fórum das Cadeias Produtivas é uma realização do Sindicado Rural de Cuiabá e conta também com a parceria do Senar, Famato e Aprosoja.