A preocupação com o bem-estar da população inserida no trecho da futura concessão da BR-364, nos municípios de Rondonópolis, Pedra Preta e Alto Araguaia (MT) e de Santa Rita do Araguaia, Mineiros e Jataí (GO), motivou uma reunião virtual entre o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e presidentes das Associações Comerciais e Empresariais dos municípios impactados com o senador Wellington Fagundes e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
De acordo com o senador, que preside a Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura, no Senado Federal, o encontro foi para buscar ouvir a opinião dos presidentes das entidades e se possível incluir as solicitações nas futuras concessões.
Ele defende que os estudos e projetos para concessão da BR-364 apresentem soluções de viabilidade econômica e duplicação dos segmentos rodoviários entre as cidades de Rondonópolis até Jataí (GO), e, Rio Verde até Itumbiara, em Goiás. O projeto prevê apenas alargamentos em pista simples.
“Estou à disposição de todas as entidades para intermediar mais reuniões como esta para que todos possam fazer suas colocações e reivindicações”, disse o senador.
O presidente da Facmat, Jonas Alves, explicou que as entidades se preocupam com o lado empresarial, mas também com a sociedade que será impactada futuramente com a rodovia, considerada de alta periculosidade, devido ao movimento intenso de carretas, mas também de veículos comuns. Ele ainda reafirmou que o grupo pede pela duplicação do trecho e não a terceira faixa.
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“A Confederação, a Federação e as Associações Comerciais formam um sistema que atua na sociedade, de forma a continuar debatendo os assuntos de interesse da comunidade. Para nós, a duplicação da rodovia no trecho Rondonópolis-Jataí é de extrema importância, porque impacta na vida de muitas das pessoas e famílias”, reiterou Jonas.
O superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT, Renan Essucy Gomes Brandão, detalhou rapidamente a forma como os estudos para concessão são realizados, levando em consideração demandas locais, investimentos, condições de tarifa, pedágios etc.
“Essas preliminares são levadas em audiência pública e podem ser contestadas, modificadas, pois recebemos muitas contribuições”, disse ele, afirmando que o órgão não é insensível às demandas sociais. “Não somos insensíveis a quem está na ponta, mas na nossa perspectiva, utilizamos de uma boa técnica. Sabemos que é difícil entender os estudos, mas estão todos disponíveis, com as demandas, desenvolvimento e conclusão no nosso site”, completa o superintendente.
Para a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Alto Araguaia e Santa Rita do Araguaia (ACEAIA), Rosana Dourado, a reunião atendeu a expectativa, principalmente porque apontou a situação atual da discussão e a partir de agora, o grupo pode agir melhor em busca de soluções para o pleito.
“A reunião foi muito válida, a partir de agora as Associações vão trabalhar para que haja um resultado efetivo para que os nossos representantes tenham força política, demonstrem isso ao governo Federal e nós consigamos mudar esse projeto. É o nosso objetivo e em nome disso é que nós estamos trabalhando”, frisou Rosana.
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