Se alguém te perguntar se já comeu o balde de frango da rede de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC), certamente você vai dizer que sim ou que já ouviu falar, mas de Harland Sanders que é o fundador e tem a cara estampada nos baldes da marca, pouca gente sabe quem é.
A história de Sanders é um exemplo para qualquer um que diz ser muito velho para começar a empreender: ele começou a franquear seu pequeno restaurante em 1956, aos 66 anos de idade, segundo um perfil da revista The New Yorker.
A cozinha, porém, vem desde muito cedo. O pai de Sanders faleceu quando ele tinha seis anos e o futuro empreendedor teve de assumir as refeições, enquanto a mãe trabalhava para sustentar Sanders, seu irmão e sua irmã.
Aos doze anos, o fundador do KFC conseguiu seu primeiro emprego, trabalhando em uma fazenda de madrugada. Ele conciliava os empregos com a escola, mas logo teve de abandonar os estudos. Nas próximas décadas, teve uma carreira variada – de bombeiro a vendedor de pneus.
Para complementar a renda, passou a servir pratos para viajantes. Seu nome ficou conhecido não só em Kentucky, mas em outros estados, e Sanders foi aprimorando sua receita de frango frito.
Porém, recebeu um golpe: uma estrada próxima ao seu local de trabalho seria redirecionada, reduzindo o tráfego de automóveis em frente ao restaurante. Não só: uma nova estrada seria construída, justo em cima do negócio.
Sanders passou a viver de suas economias e da aposentadoria pública. Pensando no que fazer, rodou restaurantes pelos Estados Unidos e fechou acordos com outros empreendedores: eles pagavam quatro centavos de dólar por frango vendido segundo o processo feito por Sanders.
O sucesso desses negócios foi tanto que o restaurante virou uma rede de franquias, em 1956: o Kentucky Fried Chicken.
O KFC foi vendido em 1964, com cerca de 600 unidades franqueadas, pois Sanders já pensava em sua sucessão nos negócios (na época, ele tinha 74 anos de idade). Sanders faleceu apenas aos 90 anos, em 1980. O empreendedor continua como a cara da empresa – e é admirado pelos funcionários, até hoje, como um “gênio”.