Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que a poupança ainda é a escolha de 65% das pessoas para se guardar dinheiro.
No geral, 25% dos entrevistados prefere deixar dinheiro em casa. Já deixar dinheiro parado na conta corrente é a opção de 20%. Apenas 8% dizem que investem em previdência privada e 8%, no Tesouro Direto.
"Se a intenção é manter o dinheiro aplicado por muito tempo, a diferença de rendimento entre a tradicional poupança e outras modalidades de investimentos pode ser relevante", disse em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Para onde vai o dinheiro guardado?
Para a maioria (60%), poupar significa uma proteção contra imprevistos como o desemprego ou despesas inesperadas com saúde.
O estudo mostra que, de fato, tirar dinheiro da poupança para cobrir despesas inesperadas é uma realidade entre muitos brasileiros. Entre os entrevistados, 40% contam que tiveram que sacar parte do dinheiro guardado, e uma das justificativas mais citadas (10%) é a necessidade de cobrir despesas imprevistas.
"Deixar dinheiro guardado para o caso de imprevistos é uma estratégia inteligente. Assim, em momentos de aperto, evita-se recorrer a empréstimos ou algum outro tipo de crédito, que pode cobrar juros elevados e dificultar ainda mais a situação financeira", disse em nota o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
Mas nem todo o dinheiro sacado da poupança é usado pelos consumidores para cobrir gastos que vieram de surpresa. Entre os entrevistados pela pesquisa, 13% dizem que tiveram que tirar dinheiro da aplicação para pagar contas do mês. Outros 10% fizeram a retirada para quitar dívidas atrasadas.