Muitas pessoas não dispensam a companhia de um cãozinho em casa. Só que com a chegada de um cachorro vêm também, as responsabilidades e os gastos.
Veja aqui algumas possíveis soluções que podem ser bem interessantes para se criar uma relação sustentável e econômica, com qualidade de vida para o seu pet e para as suas finanças.
1º – Pense como um cão
Muita gente, na vontade de cuidar de um animalzinho, esquece completamente de avaliar as condições reais que têm para oferecer. Muitos cachorros que passam o dia inteiro sozinhos, trancados em pequenos ambientes acabam por desenvolver doenças, como depressão, ou a síndrome da ansiedade de separação, que pode se apresentar de inúmeras formas. Entre elas, o cão passa a destruir coisas dentro de casa, defecar em locais inadequados, tenta romper portas e janelas ou late além da conta, como um pedido de socorro.
2ª Adotar é sempre melhor que comprar
A Organização Mundial de Saúde estima que o Brasil tenha cerca de 30 milhões de animais abandonados entre cães e gatos. Parte da culpa dessa situação é das pessoas que ao adquirirem um filhote sem planejamento e noção, acabam abandonando meses ou anos depois, quando o bichinho começa a ter problemas ou a gerar gastos não previstos.
A maneira mais sustentável (e financeiramente correta) é adotar, e não comprar o seu cãozinho. Acredite, sempre haverá um que conquistará seu coração, independente de raça ou aparência.
Além disso, adotando você contribui com o meio ambiente e ampara a causa dos cães abandonados, levando para casa um companheiro cheio de gratidão.
3ª – Crie uma reserva financeira
Cães dão despesa. Não se iluda de achar que essa situação é reversível. Ração, remédios, veterinário, são indispensáveis e constantes na vida de um pet. Mas há também os imprevistos como doenças e acidentes.
Para que você nunca tenha que passar pelo dilema de escolher entre levar seu cachorro ao veterinário, ou pagar um novo curso, crie uma reserva para os imprevistos.
Faça uma tabela com os gastos normais mensais de seu cachorro, considerando situações futuras, como o mês das vacinas, o checape anual. Com base nesse orçamento, destine uma porcentagem a mais, todo o mês, para guardar e usar em situações de emergência.
É como se você fizesse uma pequena poupança para seu amigo. Dessa forma, você evita ser surpreendido com situações desagradáveis, que se não consideradas, podem comprometer negativamente seu orçamento.
4ª – Tempo é dinheiro
Ou você gasta tempo com seu cachorro, ou você gasta dinheiro com ele (e talvez com você também). Não há como escapar da regra.
Como dissemos anteriormente, cães são animais sociáveis e apegados ao dono e demandam uma rotina ativa para estarem sempre saudáveis. Se você não tem tempo para criar uma rotina saudável com seu cachorro, é melhor que não o tenha.
Os momentos de distração causam experiências emocionais com a liberação de oxitocina, hormônio associado ao sentimento de amor e amizade, semelhante à sensação existente no cuidado infantil, o que reduz o estresse, ajudando a evitar doenças para ambos os lados.
O fato de ter a obrigação de levá-lo para passear é um excelente impulsionador para que você também pratique alguma atividade.
5ª – Não poupe com a saúde de seu cachorro
Pode parecer um contrassenso, mas há muita lógica nesta dica. Embora os gastos com saúde sejam os mais relevantes, é um erro pensar em economizar quando o assunto é a saúde de seu amigo. Você pode achar que está evitando gastos em um primeiro momento e gastar o dobro, posteriormente.
Pequenos problemas de saúde podem se tornar complicações maiores e demandar procedimentos mais custosos e dolorosos para seu cachorro e para você.
Prevenir é sempre melhor que remediar. Converse com o veterinário responsável pelo seu bichinho, pergunte sobre a forma mais adequada de cuidar de seu cachorro, como prevenir problemas de saúde e que tipo de atenção deve ter com relação ao comportamento do animal.
Se for necessária alguma medicação, não hesite em comprá-la, mas verifique com o médico se há correspondentes genéricos entre os remédios que se encontram em farmácia. Os produtos veterinários são sempre mais caros e, muitas vezes, é possível substituí-los pelas mesmas substâncias de uso humano, mais em conta.
6ª – Cachorro não é gente
Às vezes, o amor pelo seu cãozinho é tanto, que as pessoas chegam a chamá-los de filhos.
Os próprios donos perdem a noção do bom senso, exagerando na humanização de seus pets. Para agradá-los, ou agradar a si próprios, tirando o peso da consciência de não estarem presentes, eles compram coisas que, se não prejudicam, não fazem a menor falta na vida de um cachorro.
Por mais que eles sejam filhos, irmãos e/ou amigos, cahorrinhos não precisam de chocolate, nem de gravatas, nem de roupas de marca, nem de sapatos e muito menos de perfume.
O melhor presente para o seu cachorro é o seu tempo.