De acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas, a produção industrial da China desacelerou para 4,4% em agosto de 2019, o menor nível de avanço mensal em 17 anos.
Segundo o levantamento, a taxa foi de 0,4 ponto percentual abaixo da registrada em julho do mesmo ano, quando o setor teve avanço de 4,8%. No acumulado de 2019, a produção industrial chinesa subiu 5,6%. O ritmo também é menor em relação aos 5,8% registrados de janeiro a julho do ano passado.
No decorrer desse ano, o MT Econômico publicou algumas matérias demonstrando a desaceleração industrial da China. A mínima registrada em julho já era a menor dos últimos 17 anos e agora ficou menor ainda. Veja mais aqui.
Para o governo local, a indústria está desacelerando devido ao menor ritmo de crescimento mundial e a guerra comercial com os Estados Unidos.
A notícia repercute negativamente nos mercados, somada à tensão no setor petroleiro.
Lá fora, os ataques no fim de semana às principais unidades de processamento de petróleo da Arábia Saudita fazem o preço do produto subir. A gigante estatal saudita Aramco suspendeu metade de sua produção diária de barris. O que representa 5% da oferta mundial. Até às 7h desta 2ª, o barril de petróleo tipo Brent registrou alta de 8,9%, segundo a Investing.
Varejo Chinês
As vendas do comércio varejista na China também desaceleraram. Em agosto, houve alta de 7,5% ante o mesmo mês de 2018 e ligeiramente menor do que o crescimento de 7,6% de julho.
Segundo o governo chinês, o declínio nas vendas de produtos automotivos puxou a desaceleração. O fiel da balança foi a alta anual de 12,5% na venda de grãos, petróleo e produtos alimentícios.
Economia mundial
A desaceleração representa risco para a economia mundial, segundo análise do FMI publicada nesta outra matéria aqui em abril desse ano.
Embora esse ano tenha havido uma retração no mercado chinês, o país ainda é o que possui maior representação comercial para Mato Grosso, conforme publicado no ano anterior aqui neste link.