De olho no mercado com a tentativa de expandir o aumentar o número de clientes, os principais bancos puramente digitais e fintechs (empresas de tecnologia que ofertam serviços financeiros) já contabilizam 5,737 milhões de contas correntes e de pagamento.
Parece pouco, mas é um segmento que está ganhando adeptos. O cliente é atraído pelo custo menor, já que muitas vezes há isenção de tarifas e facilidade de acesso. Daqui para frente, ele deverá contar com um leque cada vez maior de serviços.
Davi Cunha, responsável pela área de bancos digitais da consultoria Sciensa, lembra que essas instituições estão ganhando força rápido. “Não sabemos qual será a velocidade de adoção do open banking no Brasil, já que não há um modelo desenhado no país. Mas é um sistema extremamente necessário, porque a própria competição bancária estimula esse tipo de compartilhamento de clientes”, explica Cunha, lembrando que isso também reduz custos e permite a oferta de produtos mais em conta.
Nesse modelo, o cliente de um banco digital poderá receber oferta de uma seguradora dentro da plataforma que já utiliza. Isso é possível porque a instituição financeira dá abertura para esse acesso através de APIs (sigla em inglês para interface de programação de aplicações).
ESTÍMULO DO BC – No Brasil, o maior número de contas digitais está no NuConta — que não faz parte de um banco, mas da fintech Nubank, que funciona como uma instituição de pagamento. Vitor Olivier, responsável por esse serviço, acredita que é possível expandir ainda mais o acesso dos clientes a serviços, mesmo sem ser um banco. Uma das razões é o próprio estímulo do BC às fintechs, que podem contribuir para a expansão dos serviços bancários e do crédito no Brasil.
“Somos uma empresa de tecnologia que presta serviços financeiros. Com o lançamento da função débito, a perspectiva é cada vez mais positiva, pois a NuConta nos permitirá tornar clientes aqueles que ainda não conseguimos atender com o cartão de crédito”, diz Olivier.