A tragédia de Brumadinho (MG) no rompimento da barragem que matou 84 pessoas e deixou 276 desaparecidos até ontem (29) acendeu o alerta na segurança das barragens pelo Brasil.
Inúmeras obras desse tipo correm risco de romper. Há cerca de 3 anos aconteceu o desastre de Mariana (MG) de responsabilidade as Samarco. O fato se repete esse ano também no estado de Minas Gerais, onde possui um grande número de barragens, cerca de 300.
Em Mato Grosso, a barragem BR Ismael, localizada em Poconé (102 quilômetros de Cuiabá), foi interditada por estar classificada em situação de alto risco. Esta é a única em Mato Grosso que apresentou irregularidades e, por conta disto, teve de ser fechada. Ao todo, no Estado, são 67 barragens cadastradas e vistoriadas.
A barragem de Poconé possui 450 mil m³ e 14 m² e possui dano médio de risco associado. No mesmo município, outras barragens possuem médio risco de dano potencial.
O governador Mauro Mendes e a secretária Estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti (Sema), estiveram reunidos, na segunda-feira (28), com o gerente regional da Agência Nacional de Mineração em Mato Grosso (ANM-MT), Serafim Carvalho Melo, para discutir parcerias na intensificação da fiscalização de barragens de mineração em Mato Grosso.
A Sema atuará com as licenças ambientais e a Agência de Mineração com a fiscalização e mapeamento das barragens. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) será uma das ferramentas de fiscalização.
O mercado financeiro sentiu o impacto e as ações da Vale já amargam prejuízo de mais de 20% com perda de R$ 70 bilhões de valor de mercado.
Além de Brumadinho, a Vale é responsável pela barragem de Mariana, a mesma que há cerca de 3 anos rompeu e fez um estrago ambiental e causou diversas mortes.