Muita alegria e entusiasmo, na noite de sexta-feira (7), marcaram a abertura da oitava edição do Startup Weekend (SW) em Mato Grosso e quarta em Cuiabá. Mais de cem inscritos lotaram o Sebraelab do Sebrae MT. Eles são da capital, do interior e também de outros estados.
A informalidade típica dos ambientes de inovação e tecnologia estava presente nos discursos curtos, objetivos e aplausos barulhentos. A maratona de criação coletiva, que usa e abusa da tecnologia, das ideias criativas e da inteligência coletiva, vai durar 54 horas e só terminará no domingo, quando, a partir das 17h, as equipes vão apresentar as startups e soluções criadas para resolver problemas ambientais, sociais, etc, visando, inclusive, ganhar dinheiro.
As três melhores startups serão premiadas e uma quarta receberá Menção Honrosa pelo esforço e dedicação. Um júri composto por representantes da ONU Meio Ambiente, Sebrae MT, CSS, mentores e organizadores vão julgar as equipes.
O caminho
O primeiro SW foi realizado em Boulder, cidade do Colorado (EUA), em 2011. Usando metodologias da Google, este evento se tornou o principal caminho para fundar e fortalecer ecossistemas de inovação e tecnologia pelo mundo afora, do qual fazem parte programadores, desenvolvedores, designers e empreendedores com ótimas ideias para negócios absolutamente inovadores, surpreendentes e rentáveis – ou escaláveis, segundo a linguagem das startups.
O SW já foi realizado em mais de 3 mil cidades de 150 países. No Brasil, este ano, mais de 130 ocorreram. Neste fim de semana, está acontecendo em São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Cuiabá.
Corrida do ouro
“Inovar é a palavra de ordem”, disse Lucas Bernardino “Luquinhas”, líder do Startup Weekend Cuiabá. O objetivo do SW é desenvolver o ecossistema de Mato Grosso, acrescentou. “Vida longa e próspera para a inovação e a comunidade também!”, disse animando a plateia.
Luquinhas falou do desafio e riscos que os participantes vão enfrentar, nas próximas horas, no SW. Podem surgir ótimas ideias para negócios inovadores. É participando deste evento que eles surgem, da cocriação ou processo de criação coletiva, onde todos são importantes, as ideias e habilidades tecnológicas se somam para inventar o que ainda não existe. “Então, divirtam-se!”, aconselhou.
O time de organizadores usa camisetas na cor roxa, entre eles há mentores e facilitadores voluntários, que vão apoiar as equipes. Gerson Ribeiro, mentor que veio de São Paulo (SP), afirmou que as startups são revolucionárias e podem mudar todos os setores. Nada será como antes delas, disse ele.
“Estamos vivendo um período de disrupção como foi a revolução industrial”, comparou. As startups podem nascer minúsculas e crescerem exponencialmente, de um dia para o outro, como aconteceu com o Instagram, que em apenas 18 meses foi vendido por US$ 18 bilhões. Ou como o aplicativo Whatsapp, que atingiu o valor de R$ 19 bilhões, e foi comprado pelo Facebook, em 2014. “Este é o caminho do ouro do século 21”, afirmou Gerson.
ODS
A quarta edição do SW Cuiabá é o primeiro do mundo focado nos ODS ((Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), segundo os organizadores do evento, que são da empresa Techstars. Dezessete ODS integram a Agenda 2030 da ONU, da qual o Brasil é signatário junto a 192 países. Eles resumem os grandes desafios que a humanidade tem que resolver para tornar a vida da humanidade e do planeta mais equilibrada, próspera e justa.
O SW Cuiabá vai ocupar do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) e o Sebraelab. A sede do CSS foi premiada, este ano, como o prédio mais sustentável das Américas pela premiação britânica Breeam Awards. E o Sebraelab é o laboratório de inovação e tecnologia recém-implantado no Sebrae MT. Os dois espaços estão sendo chamados de’ Complexo de Inovação de MT’.
Suênia, gerente do CSS, falou na abertura que “a missão do SW Cuiabá será o de ajudar a resgatar o bem-estar das pessoas e do mundo”. A analista Helen Almeida apresentou resumidamente o que são os ODS e a urgência de cumpri-los. “Os ODS não são coisa de governos e da ONU. É compromisso de todos nós”, destacou.