O aproveitamento de energia por placas solares em Mato Grosso é algo mais comum em residências, prédios comerciais e usinas. Agora a adaptação está tomando conta das áreas rurais no Estado.
Uma grande prova disso, é o mais novo investimento da Fazenda Santa Amélia, localizada em Campo Novo do Parecis-MT (404 km de Cuiabá), que na semana passada, recebeu um troféu como reconhecimento de inovação pela implantação de uma estação de energia solar que gera atualmente 300 Kva, o dobro de energia que a propriedade necessita atualmente.
A nova adaptação na propriedade rural, que tem uma área própria de 3.100 hectares e 1.100 arrendada, poderá alimentar ainda os projetos futuros da fazenda, como a irrigação, tornando-a autossustentável nesse quesito.
Para o proprietário da fazenda Roberto Chioquetta, o investimento foi certeiro e tem atraído empresários e especialistas da área rural para conhecer mais detalhes do projeto. Diversas pessoas vão até a sede da fazenda para ver de perto a inovação e demais investimentos. Para Roberto, isso é orgulho da equipe e família. “Para a gente foi uma boa, nós já recebemos pessoas de todo o Brasil, até mesmo do exterior para ver nosso projeto”, conta o proprietário.
O sistema de placas solares foi tão bem aceito no Brasil que desde o ano de 2015 a expansão tem surpreendido tanto para quem fornece, quanto quem adquire. O número de instalações já ultrapassou 16 mil locais.
De acordo com estudos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o crescimento da microgeração distribuída é impulsionado por três fatores principais: A redução de mais de 75% no preço da energia com as placas solares; o aumento de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica convencional nos últimos dois anos e o aumento da consciência e responsabilidade socioambiental dos consumidores.
Um dos fatores importantes para a adaptação deste tipo de projeto é a localização que será instalada a placa ou painel solar. É necessário usar sempre o mesmo tamanho e modelo para que não haja incompatibilidade na geração de energia.
As placas podem ser instaladas em áreas diferentes como, por exemplo, solo ou telhado. Geralmente a área é analisada por um especialista que verifica as condições do local e gastos de quilowatts do ambiente. Após isso, indica quantas placas serão necessárias.
Quanto a manutenção que é uma das preocupações dos consumidores, o equipamento exige uma limpeza das superfícies de vidros para eliminar sujeiras e evitar problemas na geração de energia. O intervalo de manutenção depende de cada área instalada.
Os especialistas fazem uma alerta. O equipamento já faz sucesso em sites de vendas pela internet, mas antes de fechar negócio é necessário fazer uma pesquisa, pois os preços variam muito. E é sempre bom ter a opinião e análise de um especialista para avaliar a área onde serão instaladas as placas e quantas serão necessárias para que no final, o que era para gerar economia, não se torne um grande prejuízo.