Mesmo com todos os problemas que os brasileiros tiveram que enfrentar para a emissão do passaporte, a Casa da Moeda Brasileira emitiu e encaminhou à Polícia Federal, nos primeiros doze dias de julho, 118 mil documentos. Um problema no equipamento de perfuração a laser das cadernetas e a falta de material para confeccionar o documento, causou um atraso na entrega dos passaportes.
Para solucionar esse impasse, a Polícia Federal autorizou a produção de uma série especial de passaportes sem a numeração perfurada, que já foi divulgada internacionalmente pelo Ministério das Relações Exteriores para garantir o trânsito no exterior. Os documentos da série especial são válidos e seguros, com mais de 20 itens de segurança, inclusive o chip com os dados do solicitante e a validade de 10 anos.
O equipamento de perfuração que apresentou problema é importado. Uma peça vinda da Alemanha foi substituída, mas ele ainda não retornou às condições normais de operação. Uma nova peça, também vinda da Alemanha, chegou à Casa da Moeda na última sexta-feira (8) e passa por testes. Enquanto isso, a série especial continuará sendo produzida.
A demora na produção de passaportes foi inicialmente provocada por um aumento da demanda, no início de 2016, comparado com a queda no segundo semestre de 2015, que acabou por reduzir o estoque de capas antes do tempo previsto.
No mesmo período, a Casa da Moeda já estava em fase de renegociação contratual com a empresa fornecedora das capas. Atualmente, a entrega das capas ocorre dentro do tempo previsto, mas uma fila de espera se formou. O prazo máximo para o recebimento do documento é de 45 dias. A demanda reprimida é de 140 mil passaportes.