O empresário e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetroleo), Aldo Locatelli, "rasgou o verbo" na oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal nesta terça-feira (23).
Segundo ele, o estado deixa de arrecadar R$ 425 milhões e que a sonegação pode ser ainda maior, equivalendo ao que é repassado anualmente por meio do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações, o FEX (cerca de R$ 500 milhões) ao ano.
Aldo não deu nomes de donos de postos de combustíveis, mas citou 3 postos que seriam de uma facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso, explicou como o sonegador ganha na mistura de produtos e na compra para outros estados, à exemplo do diesel comprado em Goiás e com destino não declarado para Mato Grosso, entre outras ações para benefício ilegal.
Para ele a única solução seria uma mudança geral na legislação, especialmente na forma de taxação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – o ICMS .
Aldo defende punição para sonegadores e uma legislação diferenciada para quando existe a intenção de sonegação.
Próximas atividades da CPI
A CPI da Renúncia e Sonegação fiscal segue com sua agenda de atividades. Na quinta-feira, dia 25 de abril, às 14 horas, serão ouvidos o secretário da Casa Civil Mauro Carvalho; o Procurador Geral do Estado Francisco de Assis; o secretário de Fazenda Rogério Gallo e o secretário-adjunto Fábio Pimenta e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda.
Em 30 de abril, às 9 horas, a CPI vai ouvir o superintendente da Polícia Federal, Anderson Vieira. A Comissão também aprovou convite a Moisés Maciel do Tribunal de Contas, em data a ser agendada.