Em seu primeiro discurso em um evento internacional, o Fórum Econômico Mundial de Davos como presidente do Brasil Jair Bolsonaro disse que vai resgatar os valores do país e abrir a economia.
Ele disse que vai abrir a economia brasileira para o mundo e colocar o país entre os 50 melhores para se fazer negócio. "O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo", disse o presidente. "Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia", completou.
Segundo ele, o prazo para incluir o país no ranking dos 50 melhores para se fazer negócio é o final do mandato. Em uma lista divulgada pelo Banco Mundial em outubro de 2018, o país estava na 109ª posição.
"Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios", disse o presidente.
Bolsonaro disse ainda que vai se empenhar para aprovar as reformas "de que precisamos e que o mundo espera de nós".
No discurso, ele não mencionou nenhuma reforma especificamente. Depois, numa sessão de perguntas e respostas com o presidente-executivo do Fórum, Klaus Schwab, o presidente citou a reforma da Previdência e a tributária.
Em linhas gerais, Bolsonaro expôs quais são as metas que o governo vai buscar para a economia. Ele destacou a diminuição da carga tributária e uma simplicação das normas para estimular o setor produtivo. O presidente também disse que o governo vai realizar privatiações e agir para equilibrar as contas públicas.
"Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas", disse o presidente no discurso.
Sem 'viés ideológico'
Bolsonaro enfatizou que o Brasil vai construir parcerias no cenário internacional sem o que chamou de "viés ideológico".
"Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir", disse o presidente.
Na sessão de perguntas e respostas, ele afirmou que o Brasil pretende fazer negócios com todos os países "que comungam com práticas semelhantes à nossa".