Na sessão desta terça-feira (13) o presidente da Assembleia Legislativa deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) decidiu anunciar o arquivamento do pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) protocolizado pela deputada Janaína Riva (MDB), com base na delação do ex-coordenador da campanha dele ao governo, o empresário Alan Malouf.
Botelho alegou que o afastamento é uma decisão muito drástica e o pedido de afastamento tem como base somente uma delação premiada, que não se desdobrou em denúncia contra o governador. “Há de ser necessário a real constatação de serem verdadeiros os supostos atos”, defendeu, sobre o afastamento.
O democrata argumentou que politicamente, Taques já foi derrotado nas urnas e tem dia para deixar o poder, 31 de dezembro. O período em que o governador continuará no cargo, sustenta Botelho, não é suficiente para o desenrolar das investigações.
A deputada estadual Janaína Riva (MDB) pediu a palavra após o arquivamento e defendeu o ideal seria o presidente colocar em pauta de votação o pedido, até mesmo para que o eleitor conhecesse a posição de cada parlamentar da Casa de Leis. Janaína ainda citou a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República para ilustrar o que identifica como anseio da população pelo combate à corrupção.
Janaína ainda afirmou que se a legislatura passada tivesse afastado Silval Barbosa diante dos indícios de corrupção, talvez Mato Grosso estivesse hoje em melhor situação. A comparação de Silval serviu de combustível para resposta de Wilson Santos (PSDB), que classificou o ex-governador como bandido, diferente, segundo ele, de Taques.